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Exílio perpetuou veneração ao autor
de Washington
Jerome David Salinger está com
78 anos. A mais recente fotografia
dele a que o público tem acesso foi
feita em 1950, na primeira edição
de "O Apanhador no Campo de
Centeio".
O desaparecimento de Salinger,
que se refugia há 47 anos na pequena cidade de Cornish, no Estado de
New Hampshire, parece ter aumentado o fervor dos que admiram sua obra. Mas mesmo quando
ele era visível, o entusiasmo por
seus livros já era extraordinário.
Ele nasceu em Nova York, estudou na Academia Militar de Valley
Forge, frequentou a Universidade
de Columbia e serviu na França
durante a Segunda Guerra.
Foi um colaborador da revista
"The New Yorker" até 1965. Nunca escreveu romances. Os contos e
novelas se fixaram a partir de
"Nove Histórias" (1953) nos dilemas existenciais da família Glass.
Os jovens Glass tinham grandes
dilemas filosóficos. O filho mais
velho, Seymour, se suicida no conto "A Perfect Day for Bannafish".
Esse tipo de temática era perfeito
para os anos 50, quando fermentava na juventude dos EUA a revolta
que explodiria na década de 60. Salinger se tornou um herói e, depois, um mito para esse público. O
auto-exílio perpetuou a veneração
a Salinger.
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