São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997.

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Exílio perpetuou veneração ao autor

de Washington

Jerome David Salinger está com 78 anos. A mais recente fotografia dele a que o público tem acesso foi feita em 1950, na primeira edição de "O Apanhador no Campo de Centeio".
O desaparecimento de Salinger, que se refugia há 47 anos na pequena cidade de Cornish, no Estado de New Hampshire, parece ter aumentado o fervor dos que admiram sua obra. Mas mesmo quando ele era visível, o entusiasmo por seus livros já era extraordinário.
Ele nasceu em Nova York, estudou na Academia Militar de Valley Forge, frequentou a Universidade de Columbia e serviu na França durante a Segunda Guerra.
Foi um colaborador da revista "The New Yorker" até 1965. Nunca escreveu romances. Os contos e novelas se fixaram a partir de "Nove Histórias" (1953) nos dilemas existenciais da família Glass.
Os jovens Glass tinham grandes dilemas filosóficos. O filho mais velho, Seymour, se suicida no conto "A Perfect Day for Bannafish".
Esse tipo de temática era perfeito para os anos 50, quando fermentava na juventude dos EUA a revolta que explodiria na década de 60. Salinger se tornou um herói e, depois, um mito para esse público. O auto-exílio perpetuou a veneração a Salinger.

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