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ROCK'N'ROLL Edgar Scandurra lança um olhar 43

Está para sair do forno a edição completa da obra do dramaturgo Plínio Marcos. Depois de quase cinco anos com as peças no baú, a Funarte resolveu repassar a missão da edição para a Secretaria de Cultura de São Paulo.

Alguns dos herdeiros de Plínio, que já chegaram até a ameaçar a Funarte com processo pela demora, torceram o nariz. Mas a solução encontrada acabou satisfazendo a todos. Em 98, a Funarte comprou de Plínio, por R$ 100 mil, o direito de publicação da obra completa. Precisava de outros R$ 100 mil para executar o projeto, mas até agora o dinheiro não pingou nos cofres da Fundação.
O projeto original da Funarte, que era o de fazer uma edição crítica de Plínio, no entanto, vai continuar no baú, à espera de recursos para de lá sair.

TRATOR ELEITORAL 1
Está cercado de mistério total o valor que estatais como Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica Federal e Furnas estão gastando na atual propaganda do governo de Fernando Henrique Cardoso. Elas entram com o dinheiro, mas conteúdo e formato são executados pela Secretaria de Comunicação, comandada por João Roberto Vieira da Costa, do grupo do presidenciável José Serra.

TRATOR ELEITORAL 2
A misteriosa verba deveria servir para a propaganda institucional das estatais. O nome das empresas, no entanto, mal é citado nos anúncios. A banqueira Milú Villela, do Itaú, participou da campanha e nem sabe qual estatal está "promovendo"-é Furnas. Zilda Arns, indicada por Serra para o Prêmio Nobel, diz na propaganda do BB que "governos anteriores ao atual não deram tanta importância ao trabalho da Pastoral". Sobre o BB, nem uma palavra.

FISCAL ELEITORAL
O procurador Luiz Francisco de Souza está investigando a publicidade feita pelo Ministério do Trabalho a favor das mudanças na CLT, que tem como estrelas maiores dirigentes da Força Sindical.

O procurador acha que o dinheiro de todos está sendo usado para propagandear as idéias de um grupo político que só eventualmente está no governo.

SEIS E MEIA DÚZIA
País de elite reduzida tem dessas: Carlos Jereissati, sócio da Telemar, por exemplo, é íntimo de dois personagens das sombras do mundo político-empresarial: Ricardo Sérgio, amigo e caixa de algumas campanhas de José Serra, e Miguel Ethel, do grupo de Roseana Sarney e Jorge Murad.

Sérgio era diretor do Banco do Brasil quando foi formado o consórcio que comprou a Telemar (foi demitido depois de flagrado no célebre grampo do BNDES); na outra ponta, Ethel foi consultor de Jereissati na formação do mesmo consórcio. O empresário é, ainda, irmão de Tasso Jereissati. E, detalhe: tem simpatia pelo PT.

MOSQUITO
Assustado com a epidemia de dengue no país, o empresário do grupo de balé flamenco Eva Yerbabuena -que inicia turnê brasileira no próximo dia 2- obrigou músicos e bailarinos da companhia a tomar uma dose diária de complexo B. Pediu também à produção um estoque de repelentes para a trupe.

CHUTEIRAS
A equipe carioca Roza Futebol Clube, primeiro time de futebol gay do país, aceitou o convite para participar de um torneio Rio-São Paulo em junho, durante a Copa do Mundo. Será disputado somente por jogadores gays. A organização do evento fica a cargo de Beto de Jesus, coordenador da Associação Parada Gay de SP.

BANDEJÃO
O publicitário Roberto Justus tem aparecido quase que diariamente para almoçar no bufê de R$ 12, que funciona dentro de uma academia no Brooklyn.

PARALELAS
Três artistas presentes na Bienal de São Paulo abrem, no dia 24, exposição na Galeria São Paulo, de Regina Boni: Ana Miguel, Sérgio Sister e Ricardo Basbaum. Além deles, obras do goiano Elder Rocha.

COMPRINHAS
A cantora canadense Alanis Morissette aproveitou sua visita ao Rio para esbanjar. Na loja do designer de jóias Antonio Bernardo, em Ipanema, comprou um colar de R$ 1.500, brincos de R$ 1.000, e uma pulseira de couro (R$ 60) para a qual escolheu três plaquinhas de desejo com a palavra "love".

bergamo@folhasp.com.br