São Paulo, sexta-feira, 15 de março de 2002

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ARTES PLÁSTICAS

MAC expõe importantes acervos britânicos

Tate cria mostra para o Brasil

ANA WEISS
DA REDAÇÃO

São Paulo será a primeira cidade a receber o que pode se configurar como a mais importante exposição de arte moderna e contemporânea britânica vista no Brasil.
Em 2003, uma reunião de cerca de cem obras selecionadas no acervo permanente da Tate Britain e da Tate Modern (depositários de duas das mais respeitáveis coleções de arte do último século produzidas na Inglaterra) será mostrada em exposição itinerante no país.
O projeto prevê que a itinerância comece pelo Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP). A mostra deve seguir para o Instituto Tomie Ohtake, também em São Paulo, e para o Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Ainda não há previsão para a data exata das aberturas.
"A exposição será montada especialmente para a exibição brasileira", disse Martin Sorrel, presidente da WPP, grupo formado por 17 empresas de comunicação, entre elas a J. Walter Thompson, dona da conta publicitária do MAC.
Sorrel, que integra o "conselho de apoiadores da Tate", esteve no MAC ontem para formalizar o projeto e conhecer a exposição em cartaz no museu, "22 e a Idéia Modernista".
Enquanto falava com a Folha, o executivo posava para fotos ao lado de "A Negra", quadro de Tarsila do Amaral.

Confirmações
De acordo com José Teixeira Coelho, diretor do museu, o público brasileiro verá uma montagem com obras de um grupo do qual estão confirmados David Hockney, William Blake, Henry Moore, Francis Bacon e seu amigo Lucien Freud.
A Tate Britain está programando uma grande retrospectiva de Freud para junho deste ano. Provavelmente a partir dessa exposição serão eleitas as obras que virão para o Brasil.
A curadoria do recorte que será mostrado no MAC será assinada por Teixeira Coelho, pelo vice-diretor (e candidato a diretor para a próxima gestão, escolha que será definida hoje na USP) Martin Grossman e por Joanne Bernstein, diretora internacional da Tate, o que quer dizer diretora da Tate Britain, da Tate Modern, da Tate Liverpool e da Tate St. Ives.
Bernstein esteve no Brasil em maio do ano passado para realizar palestras sobre as coleções britânicas em São Paulo. Na época, visitou instituições culturais em São Paulo, no Rio e em Salvador.
Na mesma época, de acordo com Teixeira Coelho, foram fechadas as combinações para a realização da coletiva, que pode ser exibida em outros locais ainda sem confirmação.
Sorrel explicou sua participação na vinda da mostra como "forma devolver algo para o país em que a empresa (no caso a WPP) se instala".



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