RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

A tomada da ilha japonesa de Iwo Jima pelos americanos em fevereiro-março de 1945 é um excelente exemplo de como decisões de uns poucos chefes podem afetar a vida e a morte de milhares de combatentes.
Dois filmes, obra de Clint Eastwood e Steven Spielberg, "Conquista da Honra" e "Cartas de Iwo Jima", tratam dessa batalha e estão sendo exibidos no cinema. São filmes realistas.
Na TV, o History Channel aproveita a oportunidade e exibe hoje, às 22h, o programa "Iwo Jima - Uma Luta até a Morte", sobre o mesmo tema.
Há dúvidas sérias hoje sobre se de fato era necessário ter invadido a ilha. Para azar dos fuzileiros navais americanos, o comandante japonês, general Tadamichi Kuribayashi, era certamente o mais brilhante adversário que eles tiveram pela frente na guerra no Pacífico.
Em vez de tentar conter o enorme poderio de fogo americano nas praias ou em contra-ataques alucinados, Kuribayashi procurou proteger suas tropas em túneis e cavernas, cobrando caro cada palmo de areia vulcânica conquistado.
Os japoneses raramente se rendiam: apenas mil dos cerca de 22 mil soldados do imperador foram feitos prisioneiros. O resto morreu, assim como quase 7.000 americanos, um preço alto para as pistas de pouso que eram o motivo da invasão.