São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2001

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Embaixador faz perfil dos investimentos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com base no balanço dos investimentos feitos pelas estatais no ano passado, o embaixador Sergio Abreu e Lima Florêncio traçou um perfil com a preferência de cada empresa, por setores.
A Petrobras, por exemplo, destina a maior parte dos recursos para esportes, especialmente futebol e atividades ligadas ao automobilismo -como a equipe de Fórmula 1 Williams, que recebe combustível.
A BR Distribuidora se tornou "a grande patrocinadora do cinema nacional", na opinião do embaixador. Houve apoio para a produção de 70 filmes de longa-metragem, além da restauração do cinema Odeon (na Cinelândia, no Rio, uma espécie de meca do cinema).
A estatal também participou da realização de festivais de cinema (com destaque para o Festival do Rio BR 2000, com exibição de mais de 400 filmes) e da exibição de filmes nacionais em praças públicas de cidades sem salas de cinema.
"O Brasil é um país com enorme potencial na área de cinema. Primeiro porque já tem certa tradição em qualidade artística. Além disso, os números de sala de exibição são muito pequenos se comparados aos países desenvolvidos", afirmou.

Shows
A Caixa Econômica Federal dedica mais recursos para projetos ligados ao atletismo e a shows musicais -especialmente nos seus centros culturais.
Ela é a recordista de investimentos em pequenos projetos (abaixo de R$ 50 mil), que somaram 570 no ano passado. Boa parte é de financiamento de bandas de música ou de pequenos times de futebol.
O Banco do Brasil, para o embaixador, "é o grande propagador de artes cênicas", especialmente por meio dos seus centros culturais do Rio, de Brasília e do recém-inaugurado em São Paulo. Também investe em esportes, como o vôlei e o vôlei de praia, e no patrocínio do tenista Gustavo Kuerten.
Os Correios investem preferencialmente em projetos ligados à natação, à restauração do patrimônio artístico e histórico nacional -como o sítio histórico de Pirenópolis (GO)- e em livros dedicados à filatelia.
A Eletrobrás também investe em cinema, mas varia com apoio a produções teatrais e musicais.
"Mais que os valores em dinheiro que passaram pelo comitê, houve ganhos conceituais e de política cultural, além da questão ligada ao esporte. Acho esse o ganho mais importante", disse Sergio Florêncio.
(WF)



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