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Embaixador faz perfil dos investimentos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com base no balanço dos investimentos feitos pelas estatais no
ano passado, o embaixador Sergio Abreu e Lima Florêncio traçou um perfil com a preferência
de cada empresa, por setores.
A Petrobras, por exemplo, destina a maior parte dos recursos
para esportes, especialmente futebol e atividades ligadas ao automobilismo -como a equipe de
Fórmula 1 Williams, que recebe
combustível.
A BR Distribuidora se tornou "a
grande patrocinadora do cinema
nacional", na opinião do embaixador. Houve apoio para a produção de 70 filmes de longa-metragem, além da restauração do cinema Odeon (na Cinelândia, no Rio,
uma espécie de meca do cinema).
A estatal também participou da
realização de festivais de cinema
(com destaque para o Festival do
Rio BR 2000, com exibição de
mais de 400 filmes) e da exibição
de filmes nacionais em praças públicas de cidades sem salas de cinema.
"O Brasil é um país com enorme
potencial na área de cinema. Primeiro porque já tem certa tradição em qualidade artística. Além
disso, os números de sala de exibição são muito pequenos se
comparados aos países desenvolvidos", afirmou.
Shows
A Caixa Econômica Federal dedica mais recursos para projetos
ligados ao atletismo e a shows
musicais -especialmente nos
seus centros culturais.
Ela é a recordista de investimentos em pequenos projetos (abaixo
de R$ 50 mil), que somaram 570
no ano passado. Boa parte é de financiamento de bandas de música ou de pequenos times de futebol.
O Banco do Brasil, para o embaixador, "é o grande propagador
de artes cênicas", especialmente
por meio dos seus centros culturais do Rio, de Brasília e do recém-inaugurado em São Paulo.
Também investe em esportes, como o vôlei e o vôlei de praia, e no
patrocínio do tenista Gustavo
Kuerten.
Os Correios investem preferencialmente em projetos ligados à
natação, à restauração do patrimônio artístico e histórico nacional -como o sítio histórico de Pirenópolis (GO)- e em livros dedicados à filatelia.
A Eletrobrás também investe
em cinema, mas varia com apoio
a produções teatrais e musicais.
"Mais que os valores em dinheiro que passaram pelo comitê,
houve ganhos conceituais e de
política cultural, além da questão
ligada ao esporte. Acho esse o ganho mais importante", disse Sergio Florêncio.
(WF)
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