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Nacionais preenchem "nãos" gringos
DA REPORTAGEM LOCAL
De todos os superlativos da Bienal carioca o menos espantoso
acabou sendo o da delegação estrangeira. Os planos da organização eram ambiciosos, incluíam,
entre outros, Mario Vargas Llosa,
Gore Vidal, Tom Wolfe, Umberto
Eco e Salman Rushdie.
Desses sucessos capitulares de
público e crítica vingou apenas a
presença do último, o autor do
barulhento "Versos Satânicos".
Mas a programação da Bienal
não se acanhou com os "nãos".
A organização do evento acabou amealhando outros três convidados de projeção, o best-seller americano Scott Turrow, a cartunista argentina Maitena e a polêmica francesa Catherine Millet.
Além deles, trouxeram nove italianos, país homenageado, menos
conhecidos em "terra nostra".
A presença estrangeira é reforçada por convidados de editoras.
Entre eles, estarão o habitué Jean
Baudrillard, pensador francês das
incertezas, o mexicano Guillermo
Arriaga (roteirista do filme
"Amores Brutos") e os argentinos
Antonio Matteo Allende e Mempo Giardinelli.
A polpa da programação cultural da Bienal, porém, continua
com os brasileiros, convocados
pela historiadora Rosa Araújo.
Os debates da Bienal terão 150
escritores nacionais. A maioria
esmagadora da elite literária nacional baterá ponto no Riocentro,
com predominância dos "nomões", como Lygia Fagundes Telles, Ferreira Gullar, Carlos Heitor Cony e Luis Fernando Verissimo.
Aqui e ali, o roteiro oficial também inclui autores mais jovens,
como o carioca André Sant'Anna,
que encontra seu tio, o também
escritor Sérgio, no módulo de
eventos "Família Literária". A
maior parte dos "iniciantes", porém, estará no estande da Libre.
(CASSIANO ELEK MACHADO)
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