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FILMES
TV ABERTA
Troca de identidades dá o tom de "Lebowski"
Quatro Mulheres e um Destino
Globo, 16h15.
(Bad Girls). EUA, 1994, 104 min. Direção:
Jonathan Kaplan. Com Madeleine Stowe,
Mary Stuart Masterson, Andie McDowell,
Drew Barrymore. Três prostitutas
ajudam uma colega a escapar do
enforcamento. As quatro fogem e
constituem uma gangue, devidamente
perseguidas num Oeste machista.
Garotas bonitas, faroeste frouxo.
Juggers - Os Gladiadores do
Futuro
Record, 22h45.
(Salute of the Jugger). Austrália/EUA,
1989, 91 min. Direção: David Peoples.
Com Rutger Hauer, Joan Chen. No futuro
pós-apocalipse, Hauer é um campeão de
jugger, esporte não muito civilizado, já
se pode imaginar. Com o que,
aparentemente, se junta o pior da ficção
científica e o pior das artes marciais.
O Grande Lebowski
Globo, 23h05.
(The Big Lebowski). EUA, 1998, 127 min.
Direção: Joel Coen. Com Jeff Bridges,
John Goodman, Julianne Moore. Devido
a má informação, gângsteres invadem o
apartamento do pobre Jeff Lebowski,
julgando estar invadindo a casa do
milionário Jeff Lebowski. Desse primeiro
mal-entendido surgirá uma série de
contratempos, e pelo menos perigosos
para o Jeff pobre, nesta comédia em que
a troca de identidade dá o tom. Inédito.
Amor e Basquete
SBT, 23h25.
(Love and Basketball). EUA, 2000, 124
min. Direção: Gina Prince-Bythewood.
Com Omar Epps, Sanaa Lathan. O
basquete é o centro da vida de dois
jovens negros. Num primeiro momento,
ele os aproxima; mais tarde, a mesma
paixão vai se interpor entre o rapaz e a
garota. Inédito.
Intriga Sexual
Bandeirantes,1h.
(Deadly Charades). EUA, 1996, 92 min.
Direção: Delley Cauthen. Com Leslie Kay
Sterling, Julie Hughes. Namorados
envolvem-se em jogos amorosos que
alimentam mais um "erotic thriller" bom
antes de tudo pra fazer dormir.
Delírio Estudantil
SBT, 1h30.
(Gettin'up). EUA, 1997. Direção: Philip J.
Jones. Com Avalon Anders, Zen Gesner.
Bela extraterrestre tem a missão na Terra
de fazer jovem tímido conhecer as
alegrias da sexualidade. Outros rapazes
tentam paquerá-la em tempo integral.
Comédia obscuríssima.
A Última Prostituta
Globo, 3h10.
(The Last Prostitute). EUA, 1991, 93 min.
Direção: Lou Antonio. Com Sônia Braga,
Wil Wheaton, David Kaufman. Dois
adolescentes viajam até a fazenda onde
mora a prostituta (Braga) de cujos
encantos um tio tanto falava. O objetivo
é perder a virgindade nas mãos da
imbatível mulher. Problema: ela largou a
profissão e agora se dedica a criar
cavalos. Mas os rapazes não vão entregar
os pontos fácil assim. Feito para TV a
cabo, com destaque para Sônia Braga.
Hamlet
SBT, 3h50.
(Hamlet). EUA/Inglaterra, 1996. Direção:
Kenneth Branagh. Com Kenneth
Branagh, Kate Winslet, Julie Christie, Jack
Lemmon. Versão reduzida (a longa tem
cerca de quatro horas e uma penca de
atores ilustres, de John Gielgud a Gérard
Depardieu, de John Mills a Judy Dench)
da história originalmente escrita por
Shakespeare, sobre o príncipe da
Dinamarca que, após encontrar o
fantasma do pai, decide se vingar dos
que o mataram, o que não se dará sem
conseqüências trágicas. Oculta-se o
teatro. Só para São Paulo.
(IA)
TV PAGA
"Amélie Poulain" resume certa indústria do cinema
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Certos filmes chegam ao cinema endeusados, obtêm
consagração no instante do lançamento, mas logo são esquecidos.
Em parte é assim que nosso
tempo é e como, também, concebe o cinema: um passatempo e
nada mais. Quem mais incentiva
a idéia do cinema como passatempo é a própria indústria, para
quem não é conveniente que, sobre essa atividade, paire a sombra
da "arte", com todos os prejuízos
que daí podem decorrer.
Pede-se, no entanto, que esse
passatempo tenha idéias -ou ao
menos finja tê-las-, pois ninguém deseja que o cinema se confunda com coisas como parques
de diversão ou circo, por exemplo, o que diminuiria seu valor.
Aí é que entra o humanismo como ideologia mais a propósito: é
elevada, universal e não faz mal a
ninguém. Funciona tremendamente nas épocas do Oscar ou,
em geral, em cinematografias periféricas.
"O Fabuloso Destino de Amélie
Poulain", dirigido por Jean-Pierre
Jeunet, preenche quase todos os
requisitos acima. Amélie é uma
moça que teve infância difícil, no
entanto se dispõe a fazer o bem e a
ver o mundo em cor-de-rosa. Ou
antes, a ver uma Paris permanentemente esverdeada.
Já houve humanistas sinceros
no cinema. Talvez ainda haja algum. A grande maioria, no entanto, parece perceber que, assim como as boas causas, é de um bom
negócio que se trata: com idéias
gerais e um pouco de sorte chega-se a um "Amélie Poulain", a um
"Chocolate", a algo assim.
O que lhes falta? Talvez nada.
Cumprem o seu papel na indústria, e de certa forma isso não é
pouco. Em geral, são esquecíveis,
como "Amélie". Mas as exceções
existem, e elas é que contam (pois,
afinal, o cinema insiste em ser
também uma arte).
O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE
POULAIN.
Quando: hoje, às 16h15, no
HBO.
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