São Paulo, sábado, 15 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

TV ABERTA

Troca de identidades dá o tom de "Lebowski"

Quatro Mulheres e um Destino
Globo, 16h15.
  
(Bad Girls). EUA, 1994, 104 min. Direção: Jonathan Kaplan. Com Madeleine Stowe, Mary Stuart Masterson, Andie McDowell, Drew Barrymore. Três prostitutas ajudam uma colega a escapar do enforcamento. As quatro fogem e constituem uma gangue, devidamente perseguidas num Oeste machista. Garotas bonitas, faroeste frouxo.

Juggers - Os Gladiadores do Futuro
Record, 22h45.
 
(Salute of the Jugger). Austrália/EUA, 1989, 91 min. Direção: David Peoples. Com Rutger Hauer, Joan Chen. No futuro pós-apocalipse, Hauer é um campeão de jugger, esporte não muito civilizado, já se pode imaginar. Com o que, aparentemente, se junta o pior da ficção científica e o pior das artes marciais.

O Grande Lebowski
Globo, 23h05.
   
(The Big Lebowski). EUA, 1998, 127 min. Direção: Joel Coen. Com Jeff Bridges, John Goodman, Julianne Moore. Devido a má informação, gângsteres invadem o apartamento do pobre Jeff Lebowski, julgando estar invadindo a casa do milionário Jeff Lebowski. Desse primeiro mal-entendido surgirá uma série de contratempos, e pelo menos perigosos para o Jeff pobre, nesta comédia em que a troca de identidade dá o tom. Inédito.

Amor e Basquete
SBT, 23h25.
  
(Love and Basketball). EUA, 2000, 124 min. Direção: Gina Prince-Bythewood. Com Omar Epps, Sanaa Lathan. O basquete é o centro da vida de dois jovens negros. Num primeiro momento, ele os aproxima; mais tarde, a mesma paixão vai se interpor entre o rapaz e a garota. Inédito.

Intriga Sexual Bandeirantes,1h.  
(Deadly Charades). EUA, 1996, 92 min. Direção: Delley Cauthen. Com Leslie Kay Sterling, Julie Hughes. Namorados envolvem-se em jogos amorosos que alimentam mais um "erotic thriller" bom antes de tudo pra fazer dormir.

Delírio Estudantil
SBT, 1h30.
 
(Gettin'up). EUA, 1997. Direção: Philip J. Jones. Com Avalon Anders, Zen Gesner. Bela extraterrestre tem a missão na Terra de fazer jovem tímido conhecer as alegrias da sexualidade. Outros rapazes tentam paquerá-la em tempo integral. Comédia obscuríssima.

A Última Prostituta
Globo, 3h10.
  
(The Last Prostitute). EUA, 1991, 93 min. Direção: Lou Antonio. Com Sônia Braga, Wil Wheaton, David Kaufman. Dois adolescentes viajam até a fazenda onde mora a prostituta (Braga) de cujos encantos um tio tanto falava. O objetivo é perder a virgindade nas mãos da imbatível mulher. Problema: ela largou a profissão e agora se dedica a criar cavalos. Mas os rapazes não vão entregar os pontos fácil assim. Feito para TV a cabo, com destaque para Sônia Braga.

Hamlet
SBT, 3h50.
  
(Hamlet). EUA/Inglaterra, 1996. Direção: Kenneth Branagh. Com Kenneth Branagh, Kate Winslet, Julie Christie, Jack Lemmon. Versão reduzida (a longa tem cerca de quatro horas e uma penca de atores ilustres, de John Gielgud a Gérard Depardieu, de John Mills a Judy Dench) da história originalmente escrita por Shakespeare, sobre o príncipe da Dinamarca que, após encontrar o fantasma do pai, decide se vingar dos que o mataram, o que não se dará sem conseqüências trágicas. Oculta-se o teatro. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

"Amélie Poulain" resume certa indústria do cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Certos filmes chegam ao cinema endeusados, obtêm consagração no instante do lançamento, mas logo são esquecidos.
Em parte é assim que nosso tempo é e como, também, concebe o cinema: um passatempo e nada mais. Quem mais incentiva a idéia do cinema como passatempo é a própria indústria, para quem não é conveniente que, sobre essa atividade, paire a sombra da "arte", com todos os prejuízos que daí podem decorrer.
Pede-se, no entanto, que esse passatempo tenha idéias -ou ao menos finja tê-las-, pois ninguém deseja que o cinema se confunda com coisas como parques de diversão ou circo, por exemplo, o que diminuiria seu valor.
Aí é que entra o humanismo como ideologia mais a propósito: é elevada, universal e não faz mal a ninguém. Funciona tremendamente nas épocas do Oscar ou, em geral, em cinematografias periféricas.
"O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", dirigido por Jean-Pierre Jeunet, preenche quase todos os requisitos acima. Amélie é uma moça que teve infância difícil, no entanto se dispõe a fazer o bem e a ver o mundo em cor-de-rosa. Ou antes, a ver uma Paris permanentemente esverdeada.
Já houve humanistas sinceros no cinema. Talvez ainda haja algum. A grande maioria, no entanto, parece perceber que, assim como as boas causas, é de um bom negócio que se trata: com idéias gerais e um pouco de sorte chega-se a um "Amélie Poulain", a um "Chocolate", a algo assim.
O que lhes falta? Talvez nada. Cumprem o seu papel na indústria, e de certa forma isso não é pouco. Em geral, são esquecíveis, como "Amélie". Mas as exceções existem, e elas é que contam (pois, afinal, o cinema insiste em ser também uma arte).


O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN.
Quando: hoje, às 16h15, no HBO.



Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Socorro! A Volta do Zé Vingança!
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.