São Paulo, sábado, 15 de maio de 2004

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Pai que perdeu filho divide opiniões

DA REDAÇÃO

Desde o final de março, o tema da falta de segurança ganhou as ruas de Buenos Aires, num movimento que lembra as manifestações de dezembro de 2001. O chamado "caso Blumberg" causou um racha na opinião pública argentina e hoje divide espaço nos noticiários com o presidente Néstor Kirchner e o estado crítico de saúde de Diego Maradona.
Tudo começou com o seqüestro e assassinato do jovem Axel Blumberg, de 23 anos, habitante de Martínez, onde vivem famílias de alto poder aquisitivo, na Província de Buenos Aires.
Seu pai, Juan Carlos Blumberg, passou, então, a liderar manifestações pedindo o aumento de penas para crimes de seqüestro. Na maior delas, reuniu 130 mil pessoas -coisa que quase nenhum político argentino conseguiria hoje- no entorno do Congresso.
Em resposta, o Congresso começou a votar um pacote de leis antiviolência marcado pela rigidez nas punições a delitos graves. Muitos itens discutidos ali, porém, integravam a lista de reivindicações entregue por Blumberg ao governo -que, por sua vez, afirma que o plano já vinha sendo elaborado antes do caso.
Sob críticas dos que são contra a aprovação de medidas extremas contra a violência, Blumberg vai se fortalecendo como porta-voz da insegurança nacional. (SC)


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