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Pai que perdeu filho divide opiniões
DA REDAÇÃO
Desde o final de março, o tema
da falta de segurança ganhou as
ruas de Buenos Aires, num movimento que lembra as manifestações de dezembro de 2001. O chamado "caso Blumberg" causou
um racha na opinião pública argentina e hoje divide espaço nos
noticiários com o presidente Néstor Kirchner e o estado crítico de
saúde de Diego Maradona.
Tudo começou com o seqüestro
e assassinato do jovem Axel
Blumberg, de 23 anos, habitante
de Martínez, onde vivem famílias
de alto poder aquisitivo, na Província de Buenos Aires.
Seu pai, Juan Carlos Blumberg,
passou, então, a liderar manifestações pedindo o aumento de penas para crimes de seqüestro. Na
maior delas, reuniu 130 mil pessoas -coisa que quase nenhum
político argentino conseguiria hoje- no entorno do Congresso.
Em resposta, o Congresso começou a votar um pacote de leis
antiviolência marcado pela rigidez nas punições a delitos graves.
Muitos itens discutidos ali, porém, integravam a lista de reivindicações entregue por Blumberg
ao governo -que, por sua vez,
afirma que o plano já vinha sendo
elaborado antes do caso.
Sob críticas dos que são contra a
aprovação de medidas extremas
contra a violência, Blumberg vai
se fortalecendo como porta-voz
da insegurança nacional.
(SC)
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