São Paulo, sexta-feira, 15 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Flip inicia venda de ingressos em 1º/6

Palestra do crítico Davi Arrigucci Jr. sobre Manuel Bandeira dará largada à festa; show de abertura ainda não foi definido

Programação das 19 mesas tem Chico Buarque, Richard Dawkins e António Lobo Antunes; Flip poderá ser "seguida" pelo site Twitter


EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) inicia no dia 1º de junho a venda de ingressos para a sua sétima edição, que acontece entre 1º e 5 de julho e reunirá de Chico Buarque a Richard Dawkins (veja acima). O show de abertura ainda não foi definido.
A conferência das 19h do primeiro dia, em homenagem ao poeta Manuel Bandeira (1886-1968), será feita pelo crítico Davi Arrigucci Jr., professor aposentado de teoria literária e literatura comparada da Universidade de São Paulo (USP).
Além de Arrigucci, o tributo a Bandeira na Flip terá uma mesa com os poetas Heitor Ferraz, Eucanaã Ferraz e Angélica Freitas (3/7, 10h) e outra com o professor Edson Nery da Fonseca e o jornalista Zuenir Ventura (5/7, 15h). "Ambos [Fonseca e Zuenir] conviveram com Bandeira e têm em comum as memórias afetivas", destaca Flávio Moura, diretor de programação da Flip.
Segundo Mauro Munhoz, diretor-geral da Flip, não haverá muitas mudanças na infraestrutura da festa, que continuará com a duas tendas (Autores e da Matriz) e manterá o espaço para autógrafos dos convidados ao lado da igreja da Matriz.
O orçamento passou de pouco mais de R$ 5,5 milhões, no ano passado, para quase R$ 6 milhões, neste ano. O percentual, afirma Munhoz, está abaixo da inflação no período.
Além do blog feito por Moura (flip.org.br/blog) e da transmissão via internet (youtube.com/user/flipfestaliteraria), a festa estreia no Twitter (twitter.com/flip2009), onde novidades são postadas desde março.

"Conversas originais"
Na programação, Flávio Moura ressalta que não só os autores premiados, os "grandes medalhões", são importantes. Mas também os "encontros", que devem render "conversas originais".
Caso da artista plástica francesa Sophie Calle com o escritor argelino Grégoire Bouillier, seu ex-namorado, cuja carta de rompimento deu origem à exposição dela, que tem início em julho, em São Paulo. E do escritor Rodrigo Lacerda com o diretor Domingos de Oliveira, artistas de gerações e visões diferentes sobre um mesmo tema, os relacionamentos amorosos.
Os organizadores da Flip destacam ainda a programação da Casa de Cultura e a Flipinha, um dos braços educacionais da Flip, que estreia site próprio (flipinha.org.br) e terá a presença de 24 autores, entre eles Carlos Heitor Cony, colunista da Folha, e a escritora Ruth Rocha, que comemora 40 anos de carreira literária.
Na festa literária, as políticas públicas serão discutidas no domingo (5/7), às 9h30, na mesa "Como a Cultura Desenha a Cidade", que vai reunir Jorge Melguizo Pousada, secretário de Desenvolvimento Social de Medellín (Colômbia), Denis Mizne, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, e o secretário municipal da Cultura de SP, Carlos Augusto Calil.


Texto Anterior: Curso: Crítico discute a evolução das séries
Próximo Texto: Crítica/teatro: "Liz" é curioso espécime do teatro latino
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.