São Paulo, sexta-feira, 15 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Lost" fica ainda mais místico

Quinta e penúltima temporada da série terminou na noite de anteontem

Atenção, o texto a seguir traz informações sobre o episódio final; canal a cabo AXN exibe o episódio no Brasil em 16 de junho


VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi uma temporada mais mística do que misteriosa. O penúltimo ano de "Lost" contou com viagens involuntárias no tempo, ressurreição dos mortos, materialização de espíritos, latim como língua nativa da ilha e mudanças de conduta dos personagens principais.
O último episódio foi exibido nos EUA anteontem; no Brasil, o canal pago AXN mostra o final da quinta temporada em 16 de junho, às 21h, num especial de duas horas.
As informações a seguir podem estragar o prazer dos fãs do seriado, em que sobreviventes de uma queda de avião ficam presos -bom, nem tanto assim- numa ilha tropical selvagem fora do mapa e com poderes mágicos.
Embora desde as primeiras temporadas presente, passado e futuro fizessem parte da narrativa em retrospectos e projeções, foi neste ano que o relógio biológico da ilha mostrou a coexistência de todos eles.
Em outro tempo, Jack, o médico dedicado à verdade científica, passa a ver na fé o destino da ilha e de todos -que ele acha que pode mudar.
Sawyer, o bandido mau caráter e mulherengo, também volta ao passado e vira o xerife da Iniciativa Dharma. De transgressor, torna-se o homem da lei, assume a monogamia com Juliet e vai morar com ela. E muda de nome, LaFleur.
Até Ben, "o homem mais perigoso da ilha", como diziam as chamadas da rede ABC, produtora da série, passa de manipulador a servo obediente.
Ben perde definitivamente a liderança dos Outros e Jack, a dos sobreviventes do voo 815, agora divididos entre 1977, no auge da Dharma, e o tempo presente da ilha. Os dois agora são "personae non gratae".

Mistérios
No melhor da tradição da série, "Lost" acaba a temporada esclarecendo mistérios para logo depois confundi-los de novo.
Foi assim com Jacob, o aparentemente imortal e todo-poderoso, até então nunca visto, que teve participação especial na vida de todos os sobreviventes do avião -antes e depois de eles caírem na ilha.
Depois de Ben, que se queixa de falta de atenção pelos anos de sacrifício em nome da ilha, esfaqueá-lo no coração, Jacob murmura a Locke: "Eles estão vindo". Eles quem?
Do lado de fora do esconderijo de Jacob, no que restou da estátua de pé de quatro dedos, um grupo de sobreviventes de outro acidente aéreo na ilha, o voo Ajira 316, traz um contêiner com uma carga misteriosa.
É o cadáver de Locke, que naquele momento está com Ben matando Jacob. Morto e vivo ao mesmo tempo? É sobrenatural demais até para "Lost".


Texto Anterior: Crítica/teatro: "Liz" é curioso espécime do teatro latino
Próximo Texto: Foco: Artista carioca inaugura instalação interativa e gigante em Nova York
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.