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"Devo lutar pelo drum'n'bass local"
da Redação
Não é pouco: DJ do mês da edição de maio da revista de comportamento e cultura jovem "i-D"; DJ
do mês da "Musik" de abril, publicação especializada em música eletrônica e clubes, um das maiores
do gênero; concorre hoje como DJ
revelação do prêmio da revista
"Knowledge", de drum'n'bass; foi
DJ revelação da "DJ Sound"; é citado em várias publicações inglesas
do gênero como o novo "sabor" do
d+b, a renovação temperada para
o então modorrento cenário baixo-e-bateria inglês.
Com tantos galardões, hoje o DJ
Marky se apresenta no Close-Up
Planet antes de Roni Size, um dos
mais importantes DJs e produtores
de d+b atuais, subir ao palco.
É a sua maior apresentação. E a
primeira ao ar livre. "Toquei no
máximo para 5.000 pessoas em
clubes. Hoje haverá mais hits e menos novidades porque o público é
grande", diz Marky, que ainda não
havia decidido se usaria dois ou
três toca-discos na apresentação.
Marky é classificado como o "DJ
número um do Brasil" na Inglaterra. E tal reconhecimento não tem
nenhuma relação com samba, exotismo, bundas, baianas, bananas,
tão apreciados pelos países do hemisfério acima. É "apenas" o seu
som, a música, o que importa.
"O maior sonho da minha vida
era tocar na Inglaterra, mas não sabia que seria tão rápido", afirma
Marky, referindo-se ao berço do
d+b e por onde não passa despercebido por vendedores de lojas de
discos, em Londres.
Realizado esse sonho, qual o próximo? "Conquistar o meu espaço
aqui no Brasil e lá na Inglaterra e
que haja mais intercâmbio entre os
gêneros musicais, como house,
tecno, d+b, que as pessoas não fiquem limitadas, abram seus ouvidos", diz Marky, o DJ mais sorridente e simpático do Brasil.
Território ele inegavelmente já
conquistou, mas vai ampliá-lo
quando sair o seu primeiro disco,
um álbum de compilações a ser
lançado em junho pela Paradoxx,
cujo nome ainda não está definido.
DJ Die, E-Z Rollers, DJ Swift, Ed
Rush & Optical são alguns dos nomes de peso, cujas músicas serão
remixadas por Marky.
E o disco com músicas próprias?
"O primeiro está sendo produzido
agora pelo DJ (paulistano) Xerxes", afirma. "Serão lançados vários singles, a partir de agosto, pela
V Recordings, cujas músicas terão
nomes de jogos do videogame Atari, como "Sea Quest"." Depois, diz
ele modestamente, vê se é possível
um álbum.
Agenda cheia até o final do ano,
com apresentações em Amsterdã
(daqui a duas semanas), no Canadá, na Turquia (em agosto, com
Roni Size, Carl Cox), no próximo
réveillon, no Mass, uma igreja
abandonada em Brixton, sul de
Londres, além da noite Movement
na capital inglesa, Marky não pensa em morar em outro país. "O
meu empresário (Paulo Ricardo)
acha -e eu concordo- que devo
permanecer no Brasil para lutar
mais pela cena d+b local. Às vezes
penso em me mudar para perto, no
mesmo bairro."
(MN)
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