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PATRIMÔNIO
Fundação abre no dia 4 a segunda instituição do gênero em SP
Usina de 1913 reabre como museu
DA REDAÇÃO
Quem quer ou precisa saber
mais sobre a história da energia
no Estado de São Paulo ganha um
presente no próximo dia 4. Nesse
dia, a Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo
(FPHESP) abre para visitação e
também para pesquisa a antiga
usina elétrica de Salesópolis, na
Grande São Paulo.
Localizada perto da nascente do
rio Tietê, a usina de Salesópolis
começou a funcionar em 1913 e
foi desativada em 88. É a segunda
usina-parque do patrimônio da
fundação a ser aberta ao público.
A primeira foi a de Corumbataí,
em Rio Claro.
As usinas-parque são como
museus interativos em que o visitante, assistido por monitores,
pode se inteirar da história do Estado e entender como se produz
eletricidade.
No total, quatro usinas e dois
museus formam o patrimônio da
FPHESP, uma instituição de caráter privado monitorada pela Curadoria de Fundações do Ministério Público. A fundação, cujos objetivos são preservar esse patrimônio e encontrar formas de colocá-lo à disposição do público,
começou a nascer em 96, paralelamente ao processo de privatização do setor energético estadual.
A criação se concretizou em março de 98.
São dez as empresas de produção e distribuição de energia que
deram origem à fundação e garantem hoje o orçamento anual
de R$ 4 milhões.
"Por enquanto, esse valor é suficiente", diz Vera Maria de Barros
Ferraz, presidente-executiva da
fundação, que era gerente do Departamento do Patrimônio Histórico da Eletropaulo quando começaram os estudos para a criação da FPHESP. O objetivo, segundo ela, é que a fundação se auto-sustente.
A instituição vem buscando alternativas na forma de atendimento de visitantes e pesquisadores, como acontece no Museu da
Energia-Núcleo de Itu, também
parte do patrimônio da FPHESP.
Ali é o Grupo de Terceira Idade,
um corpo de cinco voluntários da
própria cidade, que acompanha
os visitantes.
A FPHESP tem também duas
publicações que procuram auxiliar os estudantes e pesquisadores: as revistas "Memória Energia" (quadrimestral) e "História
& Energia" (anual, com um tema
por edição).
Até o final do ano, a fundação
promete abrir mais duas usinas
para visitação, nos moldes da de
Salesópolis: a de São Valentim,
em Santa Rita do Passa Quatro, e a
do Jacaré, em Brotas.
Para quem tem interesses outros que não a energia, a usina do
Jacaré deve apresentar surpresas.
"Ela é um caso especial. Sua arquitetura é uma espécie de Gaudí
tropical. A textura das paredes
imita a pele de um jacaré", conta
Vera Maria de Barros Ferraz. A
usina foi erguida em 1944, quando, devido à Segunda Guerra
Mundial, faltava aço no país. Os
dutos que carregam a água são todos de madeira.
Para obter mais informações
sobre a FPHESP ou agendar visitas, consulte o site www.fphesp.
com.br ou entre em contato pelo
tel. 0/xx/11/279-6237 ou e-mail:
patrimonio@fphesp.com.br.
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