São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000


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PATRIMÔNIO
Fundação abre no dia 4 a segunda instituição do gênero em SP
Usina de 1913 reabre como museu

DA REDAÇÃO

Quem quer ou precisa saber mais sobre a história da energia no Estado de São Paulo ganha um presente no próximo dia 4. Nesse dia, a Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo (FPHESP) abre para visitação e também para pesquisa a antiga usina elétrica de Salesópolis, na Grande São Paulo.
Localizada perto da nascente do rio Tietê, a usina de Salesópolis começou a funcionar em 1913 e foi desativada em 88. É a segunda usina-parque do patrimônio da fundação a ser aberta ao público. A primeira foi a de Corumbataí, em Rio Claro.
As usinas-parque são como museus interativos em que o visitante, assistido por monitores, pode se inteirar da história do Estado e entender como se produz eletricidade.
No total, quatro usinas e dois museus formam o patrimônio da FPHESP, uma instituição de caráter privado monitorada pela Curadoria de Fundações do Ministério Público. A fundação, cujos objetivos são preservar esse patrimônio e encontrar formas de colocá-lo à disposição do público, começou a nascer em 96, paralelamente ao processo de privatização do setor energético estadual. A criação se concretizou em março de 98.
São dez as empresas de produção e distribuição de energia que deram origem à fundação e garantem hoje o orçamento anual de R$ 4 milhões.
"Por enquanto, esse valor é suficiente", diz Vera Maria de Barros Ferraz, presidente-executiva da fundação, que era gerente do Departamento do Patrimônio Histórico da Eletropaulo quando começaram os estudos para a criação da FPHESP. O objetivo, segundo ela, é que a fundação se auto-sustente.
A instituição vem buscando alternativas na forma de atendimento de visitantes e pesquisadores, como acontece no Museu da Energia-Núcleo de Itu, também parte do patrimônio da FPHESP. Ali é o Grupo de Terceira Idade, um corpo de cinco voluntários da própria cidade, que acompanha os visitantes.
A FPHESP tem também duas publicações que procuram auxiliar os estudantes e pesquisadores: as revistas "Memória Energia" (quadrimestral) e "História & Energia" (anual, com um tema por edição).
Até o final do ano, a fundação promete abrir mais duas usinas para visitação, nos moldes da de Salesópolis: a de São Valentim, em Santa Rita do Passa Quatro, e a do Jacaré, em Brotas.
Para quem tem interesses outros que não a energia, a usina do Jacaré deve apresentar surpresas. "Ela é um caso especial. Sua arquitetura é uma espécie de Gaudí tropical. A textura das paredes imita a pele de um jacaré", conta Vera Maria de Barros Ferraz. A usina foi erguida em 1944, quando, devido à Segunda Guerra Mundial, faltava aço no país. Os dutos que carregam a água são todos de madeira.
Para obter mais informações sobre a FPHESP ou agendar visitas, consulte o site www.fphesp. com.br ou entre em contato pelo tel. 0/xx/11/279-6237 ou e-mail: patrimonio@fphesp.com.br.



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