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Proposta é integrar música e arte
DA REPORTAGEM LOCAL
Diversão é essencial, mas, na
carta de intenções do Sónar de cá
e de lá, formação e pesquisa têm
peso igualmente importante.
"Existem poucos eventos que
realmente estimulam e conseguem um orçamento generoso
para trabalhar com arte e tecnologia no Brasil", afirma o curador
Lucas Bambozzi, 38. "São obras
que demandam uma ponte entre
o artista e o técnico."
Com trabalhos que chegam a
custar milhares de reais, uma das
vantagens do Sónar acaba sendo
justamente a sua curta duração:
para apenas três dias de festival, a
montagem e a manutenção das
obras saem mais baratas.
Ainda selecionando os nove trabalhos de arte multimídia que
participarão do evento no Brasil,
Bambozzi adianta que pretende
reunir obras que extrapolem a
idéia de galeria, trazendo a cidade
para o interior do espaço expositivo ou, ao contrário, levando a
obra para o interior da web.
Mas, ao contrário de outros festivais tradicionais de arte eletrônica do mundo, o curador aponta
como fator importante o "hibridismo" do Sónar.
"É um festival que não trabalha
na especificidade, mas na intersecção. Alguém que está lá só pela
música e não freqüenta o circuito
de arte pode acabar se interessando." E é certo que termos como
"sampling", "remix", "copyleft",
"distribuição via rede", entre outros usados hoje na música e na
arte, não vão soar estranhos para
nenhuma das duas tribos.
(DA)
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