São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004

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Proposta é integrar música e arte

DA REPORTAGEM LOCAL

Diversão é essencial, mas, na carta de intenções do Sónar de cá e de lá, formação e pesquisa têm peso igualmente importante.
"Existem poucos eventos que realmente estimulam e conseguem um orçamento generoso para trabalhar com arte e tecnologia no Brasil", afirma o curador Lucas Bambozzi, 38. "São obras que demandam uma ponte entre o artista e o técnico."
Com trabalhos que chegam a custar milhares de reais, uma das vantagens do Sónar acaba sendo justamente a sua curta duração: para apenas três dias de festival, a montagem e a manutenção das obras saem mais baratas.
Ainda selecionando os nove trabalhos de arte multimídia que participarão do evento no Brasil, Bambozzi adianta que pretende reunir obras que extrapolem a idéia de galeria, trazendo a cidade para o interior do espaço expositivo ou, ao contrário, levando a obra para o interior da web.
Mas, ao contrário de outros festivais tradicionais de arte eletrônica do mundo, o curador aponta como fator importante o "hibridismo" do Sónar.
"É um festival que não trabalha na especificidade, mas na intersecção. Alguém que está lá só pela música e não freqüenta o circuito de arte pode acabar se interessando." E é certo que termos como "sampling", "remix", "copyleft", "distribuição via rede", entre outros usados hoje na música e na arte, não vão soar estranhos para nenhuma das duas tribos. (DA)


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