São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2005

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SEXO

Especial aborda a complexidade sexual

CRISTIANE LEONEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando Meg Ryan finge um orgasmo numa mesa de lanchonete no filme "Harry e Sally - Feitos um para o Outro" as mulheres vão à loucura. Identificam-se e divertem-se com o fato de, diferentemente dos homens, poderem teatralizar o ápice do sexo. Não há nada de engraçado, porém, no fato de muitas mulheres, em pleno século 21, ainda terem de simular o prazer.
Segundo informação do documentário "Orgasmatron", exibido hoje pelo GNT, cerca de 43% das mulheres têm algum tipo disfunção sexual. O programa usa como mote principal a descoberta do médico americano Stuart Meloy, que criou, por um acaso, um método que poderia ser uma das grandes descobertas do milênio. Aplicando pequenas descargas elétricas em uma região da coluna vertebral, Meloy percebeu que as mulheres tinham sensações próximas ao orgasmo (o estágio chamado de platô) ou até mesmo conseguiam alcançar o mesmo.
Meloy criou um aparelho (o tal Orgasmatron) que estimula a região pélvica transmitindo choques elétricos por meio de um fio que é introduzido num ponto da região lombar da mulher.
No documentário, três mulheres de meia-idade passam pelo teste do aparelho. A primeira nunca teve um orgasmo sequer, a segunda passou a não ter na fase da menopausa, e a terceira não consegue chegar ao orgasmo com o marido. O processo, para as três, é doloroso -fisicamente, porque se trata de uma pequena cirurgia na região lombar, e emocionalmente, porque o sexo (ou a falta dele) já se tornou uma experiência traumática para as três.
O resultado não é muito animador: apenas uma consegue ter orgasmos (Mary). Seus problemas sexuais, aparentemente, estavam ligados à falta de carinho do marido, o que mostra que o sexo, para mulher, é muito mais complexo do que se imagina e, que, talvez, o cérebro ainda seja o principal "órgão sexual" a ser descoberto.


Orgasmatron
Quando:
hoje, às 21h, no GNT


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