São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

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Crítica

"Bom Dia, Noite" mostra vigor de Bellocchio

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Marco Bellocchio é um desses raros diretores que, tendo começado a filmar nos anos de ouro do cinema italiano (anos 60 do século passado), passou ao novo século em atividade e na plenitude do vigor.
Manteve também a tradição de um cinema politizado, ao fazer "Bom Dia, Noite" (TC Cult, 1h25), onde retraça os acontecimentos de 1978, quando as Brigadas Vermelhas seqüestraram e depois assassinaram Aldo Moro, um dos principais políticos italianos do pós-guerra.
Por favor, ninguém venha dizer que isso é coisa de estudantes irresponsáveis. Eles nunca são irresponsáveis, para começar, seja em 68, seqüestrando o embaixador americano no Brasil, seja em 1978, na Itália.
Em 78, essa ação designa o dogmatismo em que a ação política de esquerda e radical se meteu, conseqüente ao beco sem saída de um pensamento que fazia água por todos os lados. Mas isso é política. O filme de Bellocchio parte daí, mas é bem mais que isso.


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