São Paulo, domingo, 15 de junho de 2008

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"É um crime, mas é arte também", diz especialista

DA REPORTAGEM LOCAL

É crime. Mas é arte. A opinião é da fotógrafa e escritora norte-americana Martha Cooper, especialista em arte urbana. "Como arte, pode ser comparada com caligrafia. Demanda conhecimento e prática para ser feita bem. Mas quando essa escrita é feita sem permissão, numa superfície que tem proprietário, então é ilegal."
Em comunicado, a Polícia Militar afirma que é necessário "um esforço conjunto, envolvendo todas as esferas de governo, a polícia e a própria comunidade, a fim de dar um basta a essa prática causadora de poluição visual, que além de danificar os imóveis esteticamente, causando prejuízos financeiros, traz conseqüências também à estética, ao paisagismo urbano e ao próprio ambiente".
De acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98, a pichação é crime ambiental passível de detenção de três meses a um ano, além de multa.
No documentário dirigido por João Wainer e Roberto T. Oliveira, vários pichadores afirmam que preferem ser "zoados" pela polícia (ter corpo e rosto pintados com spray, por exemplo) a sofrer processos judiciais.

Monumentos públicos
Rafaela Bernardes, do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, diz que a pichação em monumentos públicos "é um problema sério", mas cujas ocorrências vêm diminuindo.
Ela calcula que 5% dos monumentos históricos de São Paulo (a cidade possui cerca de 400 no total) estejam pichados. "São pichações que não conseguimos remover. É necessário fazer uma restauração."
(TN)


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