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"É um crime, mas é arte também", diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
É crime. Mas é arte. A opinião é da fotógrafa e escritora
norte-americana Martha Cooper, especialista em arte urbana. "Como arte, pode ser comparada com caligrafia. Demanda conhecimento e prática para
ser feita bem. Mas quando essa
escrita é feita sem permissão,
numa superfície que tem proprietário, então é ilegal."
Em comunicado, a Polícia
Militar afirma que é necessário
"um esforço conjunto, envolvendo todas as esferas de governo, a polícia e a própria comunidade, a fim de dar um basta a essa prática causadora de
poluição visual, que além de danificar os imóveis esteticamente, causando prejuízos financeiros, traz conseqüências também à estética, ao paisagismo
urbano e ao próprio ambiente".
De acordo com o artigo 65 da
Lei 9.605/98, a pichação é crime ambiental passível de detenção de três meses a um ano,
além de multa.
No documentário dirigido
por João Wainer e Roberto T.
Oliveira, vários pichadores afirmam que preferem ser "zoados" pela polícia (ter corpo e
rosto pintados com spray, por
exemplo) a sofrer processos judiciais.
Monumentos públicos
Rafaela Bernardes, do Departamento do Patrimônio
Histórico da Prefeitura de São
Paulo, diz que a pichação em
monumentos públicos "é um
problema sério", mas cujas
ocorrências vêm diminuindo.
Ela calcula que 5% dos monumentos históricos de São
Paulo (a cidade possui cerca de
400 no total) estejam pichados.
"São pichações que não conseguimos remover. É necessário
fazer uma restauração."
(TN)
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