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Os homens
covardes
HELOISA SEIXAS
Há pouco tempo vimos
um homem chorando. O
mundo inteiro viu. A dor
de um jogador cortado de
uma competição. Dias depois, li sobre o drama de
outro homem. Este, lutando contra os falsificadores
de remédios, vinha recebendo ameaças de morte.
Recebeu tantas que chegou
a pedir demissão do cargo,
voltando atrás depois. Mas
admitiu que tinha medo:
"Sou covarde. O que me
faz continuar é meu ódio
por essa gente." Gosto disso. Gosto dos homens que
choram e dos homens que
admitem sua covardia. É
neles que vive a chama do
heroísmo e da hombridade.
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