São Paulo, segunda, 15 de junho de 1998

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Os homens covardes

HELOISA SEIXAS

Há pouco tempo vimos um homem chorando. O mundo inteiro viu. A dor de um jogador cortado de uma competição. Dias depois, li sobre o drama de outro homem. Este, lutando contra os falsificadores de remédios, vinha recebendo ameaças de morte. Recebeu tantas que chegou a pedir demissão do cargo, voltando atrás depois. Mas admitiu que tinha medo: "Sou covarde. O que me faz continuar é meu ódio por essa gente." Gosto disso. Gosto dos homens que choram e dos homens que admitem sua covardia. É neles que vive a chama do heroísmo e da hombridade.



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