São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2004

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FILMES

O Ursinho Polar
SBT, 14h30.
  
(The Little Polar Bear). EUA/Alemanha/ Suíça, 2001, 78 min. Direção: Piet de Rycker e Thilo Rothkirch. A amizade entre um ursinho polar e um bebê-foca, que a muitos soa estranha, é abalada quando o alimento comum, os peixes, começa a desaparecer por motivos ignorados. Desenho animado ecologista.

A Chave Mágica
Globo, 15h45.
   
(The Indian in the Cupboard). EUA, 1995, 97 min. Direção: Frank Oz. Com Hal Scardino, Lifefoot, Lindsay Crouse. Garoto de nove anos descobre maneira de dar vida a um índio de brinquedo. Problema: um amiguinho toma ciência do mesmo segredo e, com ele, dá vida a um caubói. E índio com caubói, como se sabe, nunca deu certo. A confiar no confiável Frank Oz.

O Leão Destruidor
Record, 22h30.
 
(Lion Strike). EUA, 1994. Direção: Rick Jacobson. Com Don "The Dragon" Wilson, Timothy B. Baker. Computador cobiçado por muitos mafiosos tem por proprietário um especialista em artes marciais. Terceiro exemplar da imperdível série "Ringue de Fogo".

Intercine
Globo, 1h35.

"Testemunha do Silêncio" (1994, de Bruce Beresford, com Richard Dreyfuss, Linda Hamilton, John Lithgow) disputa o direito de passar nesta quinta-feira com "Obsessão Fatal" (1992, de Jonathan Kaplan, com Kurt Russell, Ray Liotta, Madeleine Stowe).

Um Vagabundo na Alta Roda
SBT, 1h50.
  
(Down and Out in Beverly Hills). EUA, 1986, 97 min. Direção: Paul Mazursky. Com Nick Nolte, Richard Dreyfuss, Bette Midler. Nick Nolte faz o vagabundo que tenta se suicidar na piscina de um milionário e é acolhido em sua casa. Refaz, em suma, o percurso do antológico "Boudu Salvo das Águas" (Jean Renoir, 1932). É claro, Mazursky não dá para lamber as botas de Renoir.

Fantasmas do Passado
SBT, 3h40.
  
(Ghosts of Mississipi). EUA, 1996, 130 min. Direção: Rob Reiner. Com Alec Baldwin, Whoopi Goldberg, James Woods. Baldwin é o promotor que, 30 anos depois, reabre o caso do assassinato do ativista negro Medgar Evers, acontecido nos anos 60. Na ocasião, uma promotora racista, um júri racista e uma polícia idem permitiram que o responsável pelo fato escapasse ileso. Só para São Paulo.

Roe Versus Wade
Globo, 3h35.
  
(Roe vs. Wade). EUA, 1989, 96 min. Direção: Gregory Hoblit. Com Holly Hunter, Amy Madigan. Depois que foge do marido violento, mulher descobre que está grávida. Descobre também que está no Texas, onde o aborto é proibido.Terá de discutir o caso na Suprema Corte, o STF dos EUA.

Comemorar o 14 de julho

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A TV5 é hoje o canal por onde chegam as surpresas. Não é sempre que isso acontece, mas rompe com a pasmaceira dos "grandes canais" de filmes.
Hoje, por exemplo, a proposta é tripla, e com todos os filmes legendados em português.
Começa com "A+Pollux" (13h30), filme de estréia na direção do diretor de fotografia Luc Pagès, e termina num horário um tanto incômodo (5h10), com "Aquele Dia", filme de Raoul Ruiz, chileno radicado na França que esteve no Festival de Cannes do ano passado.
A "pièce de résistance", no entanto, vem em horário nobre (21h25) e é o clássico "Cais das Sombras", que Marcel Carné realizou em 1938. Enfim, o 14 de julho foi ontem, e a TV5 faz a comemoração com um dia de atraso. Aproveitemos.

LITERATURA

Programa debate livro "sempre fresquinho"

CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Vende mais porque está sempre fresquinho ou está sempre fresquinho porque vende mais? Esse dilema estabelecido em um reclame de biscoitos nos anos 80 é o fio condutor da edição desta noite de "O Mundo da Literatura", que discute os best-sellers.
O programa, dirigido e apresentado por Ricardo Soares, foi atrás da fórmula secreta encontrada por alguns poucos Sidney Sheldons e Paulo Coelhos do milagre da multiplicação dos livros.
Não adianta, aspirante a escritor, pegar a caneta e o bloquinho. A conclusão do programa é de que o best-seller é um mistério.
"O livro tem de ser bom e atender à expectativa do leitor, que nunca se sabe qual é", diz Luciana Villas-Boas, que há uma década trocou o jornalismo de literatura pela direção de uma das editoras do país, a Record.
Responsável direta por um dos mais recentes fenômenos "best-selleriais" do país, a aparição fulgurante de Lya Luft, Villas-Boas fala de três vetores que podem ajudar (mas não resolver) o estouro de um livro.
Investimento em propaganda ajuda, não tanto na sedução do leitor, mas na sinalização ao livreiro de que a editora está investindo naquilo -o que ajuda na fundamental exibição do livro nas prateleiras. A imprensa, para Villas-Boas, tem papel mais importante. Indispensável, porém, e menos previsível, é o boca a boca.
Rinaldo Gama, o outro entrevistado, também conhecedor do livro por diversos ângulos, vê as coisas de modo diferente. "O público de best-sellers é pouco influenciado pela mídia." Ele diz que o peso de um texto que "bata" no best-seller é "nulo". "Público de best-seller não lê resenha", afirma o editor de uma das melhores publicações sobre as letras daqui, os "Cadernos de Literatura Brasileira" (Inst. Moreira Salles).
Diz que o best-seller em si não é problema. "As pessoas se preocupam em ler o atual e se esquecem do permanente." Eis o "xis": o leitor busca o "sempre fresquinho" (que, assim, vende mais).


O MUNDO DA LITERATURA. Quando: hoje, às 23h30. Onde: Rede SescSenac.


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