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NET CETERA
Um "No Limite" de verdade: com sexo
SÉRGIO DÁVILA
NA FLÓRIDA
As eleições são o assunto
da semana também na rede. O que está em jogo, no entanto, é mais interessante do
que o próximo presidente dos
EUA: trata-se de quem você vai
escolher para ficar mais tempo
em frente às câmeras digitais fazendo sexo explícito. O último a
sair ganha o prêmio.
Exato, é o "No Limite" sexual,
americano, que começou no último sábado. Batizado de "Sex
Survivor 2000" (http://209.189.43.69/index2.html),
funciona quase do mesmo jeito:
28 concorrentes, 14 homens e 14
mulheres, estão isolados num
lugar. O espectador vai votando
em quem deve sair e em quem
deve ficar. No final, os três casais vencedores dividem US$ 1
milhão em prêmios.
Só que tem sexo. Muito sexo.
Por que o programa está nesta
coluna de família? Primeiro,
porque é tão ruim que é bom.
Segundo, porque acaba de vez
com a hipocrisia: no fundo, no
fundo, o que todo o mundo
queria saber em "No Limite"
era quem transava com quem,
não era?
Depois, as concorrentes mais
ajeitadas acabaram dando um
jeito de sair nuas ou em "ensaios sensuais" em alguma revista, não deram? Pois em "Sex
Survivor 2000" já está tudo lá.
Antes.
Além disso, a proposta de
"Survivor", "Big Brother" e similares não era desde o começo
ser um "reality show", com pessoas de verdade? Quais pessoas
de verdade são aquelas das noites de domingo que ficam semanas juntas na praia e não fazem
sexo?
Veja a explicação do produtor, Michael Caruso: "É mais do
que só sexo; os participantes
também têm de cozinhar uns
para os outros, arrumar a casa,
fazer a cama do amigo". Ou seja,
a vida como ela é. Se o mundo
fosse comandado por Larry
Flint, claro.
Até agora, no lado das concorrentes, temos "Dru Berrymoore" e uma profusão de nomes
próprios sem sobrenome, como
só acontece no meio: Bridgette,
Zarina, Sky, Zoe e... sim, Sandy.
Do lado de lá, concorrem Ronnie Cox, o tenente-coronel
Rudy Cummings, "Axl Hose"
(um trocadilho que envolve
mangueira, melhor nem explicar) e Rafe.
O mais pitoresco são os detalhes. A apresentadora do show,
por exemplo, é uma certa Kira
Reed, "mais que uma apresentadora, uma deusa sexual!". A
ficha dos candidatos é minimalista. Eis o que sabemos de Bridgette: tem 48 quilos, mede 1,67
metros e o tamanho de seu sutiã
é 34D.
Mais: todos os participantes
tiveram de apresentar HIV negativo, entre outras exigências.
Quem conduziu os testes foi a
ex-estrela erótica Sharon Mitchell, hoje dona da Adult Industry Medical Health Foundation, clínica especializada em
atores pornôs.
Três poréns. Primeiro, custa
US$ 69,95 para entrar. Segundo,
tem de ser maior de idade. Terceiro, você não vai ficar perdendo tempo com pornografia, vai?
MAIS TRÊS COISAS
1. Sushi erótico
Visite já www.i-k-u.com. É do novo filme
"pornô-arte" "I-K-U", que está fazendo barulho pelos festivais.
Espécie de "Blade Runner" explícito, conta a história das
replicantes sexuais do ano 2016. Segundo a diretora, "iku" é o
som que as japonesas fazem na hora do orgasmo... Pena que o
site ainda tem partes em construção.
2. Perguntar não ofende
Nem que seja pela curiosidade
antropológica, vale uma visita ao site do ex-jogador de futebol
americano O.J. Simpson (www.askoj.com). Para quem topar
pagar US$ 9,95 por mês, ele promete mostrar evidências de sua
inocência que não pôde entregar à Justiça. Para o resto normal
da humanidade, tem as duas primeiras entrevistas que deu já
disponíveis.
3.O site da semana
www.mgm.com/hannibal
Acaba de entrar no ar o site da continuação de "O Silêncio dos
Inocentes", "Hannibal", dirigido por Ridley Scott. Se o filme for
metade do que é o livro de Thomas Harris, será obrigatório.
Estréia nos EUA em 9 de fevereiro, e sete dias depois, no Brasil.
E-mail:
sergiodavila@uol.com.br
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