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São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2003

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FILMES E TV PAGA

O Poder da Emoção
SBT, 14h20.
 
(Digging to China). EUA, 97. Direção: Timothy Hutton. Com Kevin Bacon, Mary Stuart Masterson. Menina com mãe alcoólatra e irmã prostituta terá um encontro, como costuma acontecer, que vai ajudá-la a enfrentar a aridez da vida.

A Rede
Globo, 23h05.
 
(The Net). EUA, 95, 114 min. Direção: Irwin Winkler. Com Sandra Bullock, Jeremy Northam. Ao acessar inadvertidamente um site da internet, a analista de sistemas de computação Sandra Bullock se vê envolvida por rede infernal, que troca sua identidade e a deixa na pior. Ela terá de lutar muito para se safar dessa. Filme foi feito num momento em que a internet era coisa pouco conhecida, portanto aberta a fabulações as mais fabulosas.

Intriga Internacional
SBT, 0h.
    
(North by Northwest). EUA, 59, 138 min. Direção: Alfred Hitchcock. Com Cary Grant, Eva Marie Saint. O máximo de Hitchcock em filme de perseguição. Cary é o executivo confundido com um espião e raptado por agentes inimigos. Algumas sequências antológicas: o ataque ao herói por um avião e a perseguição final. Obra-prima.

Entre Dois Amores
Bandeirantes,1h.
 
(On the Edge). EUA, 94, 86 min. Direção: Anthony J. Christopher. Com Steve Simich, Lisa Boyle. A não confundir com o filme de Sydney Pollack com Meryl Streep, embora a atriz daqui, Lisa Boyle, seja dada como muito mais bonita que Meryl. Ela faz uma advogada que tem um amante. Depois um segundo amante. E pau na máquina.

Babe Ruth, a Lenda do Beisebol
SBT, 2h40.
  
(Babe Ruth). EUA, 96. Direção: Mark Tinker. Com Stephen Lang, Donald Mofat. Vida e obra de Babe Ruth, um dos maiores jogadores de beisebol dos EUA em todos os tempos. Mas o essencial, para o filme, é sua personalidade controversa.

Terror a Bordo
Globo, 3h20.
  
(Dead Calm). Austrália, 89, 97 min. Direção: Phillip Noyce. Com Nicole Kidman, Sam Neill. Casal (Kidman/Neill) acolhe em seu barco o único sobrevivente de um veleiro, cujos tripulantes teriam sido envenenados por comida estragada. Tempos depois, o suposto sobrevivente rouba o barco e leva a mulher como refém. Caberá ao marido persegui-lo. De certo modo, o filme resume o pensamento, tão atual, de Phillip Noyce: cada um por si e Deus contra todos.

Um Caso de Polícia
SBT, 4h30.
 
(Palms). EUA, 80, 75 min. Direção: Ivan Dixon. Com Sharon Gless, Steve Ryan. Existe a suspeita de corrupção na polícia de Palmspring, Los Angeles. Os detetives Alex e Carmine tratam de resolver o caso. No processo, tratam de se apaixonar um pelo outro. Feito para TV. Só para São Paulo. (IA)

Conceitos falsos guiam "Estrada para Perdição"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há quem ache que "film noir" é um filme em que não se enxerga direito as coisas. É possível que Sam Mendes esteja nessa categoria. Seu "Estrada para Perdição", em todo caso, está.
Os noturnos são, mais que noturnos, um pretume, na história do gângster Tom Hanks, cujo filho, curioso a respeito da atividade profissional do pai, o segue certa noite e descobre que ele é um assassino profissional.
Sim, assassino a mando de Paul Newman, que não gosta nada da intrusão do menino na história e decide liquidar toda a família Sullivan (este o sobrenome de Hanks no filme).
A partir daí temos, em linhas gerais, a história de um pai que tenta proteger seu filho. Ou seja, o tipo de história comovente. Quem lembra de "Ladrões de Bicicletas", de Vittorio de Sica, sabe que boa parte do encanto do filme estava na relação entre pai e filho. Havia aquele pai atordoado, correndo Roma atrás de uma bicicleta roubada. Ele ia de mãos dadas com o filho, e um elo impossível de romper se estabelecia entre eles, envolvendo proteção e confiança.
São histórias bem diferentes, mas em ambas a figura paterna e seu papel são relevantes. Em "Estrada para Perdição", há Paul Newman, pai adotivo e perverso de Tom Hanks, e há Hanks que procura proteger o filho e, dessa forma, reabilitar-se.
Tudo seria bem melhor se, nos noturnos, o filme se deixasse ver direito. Mas esse é o partido de Sam Mendes, que já ficara bem claro em "Beleza Americana". Trata-se de um artista, de um homem destinado a criar coisas sublimes etc. e tal.
O cinema é uma arte mais modesta, arte da evidência e da superfície. Contenta-se em tornar visível o mundo, ou seja, em organizar o visível. Talvez não seja uma arte para artistas.


ESTRADA PARA PERDIÇÃO. Quando: hoje, às 21h30, no Telecine Premium.


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