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EVENTO
Programação começa hoje em BH
Festival de Arte Negra volta após oito anos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O jogo de opostos na cultura de
matriz africana converge para um
mesmo território de reflexões a
partir de hoje, em Belo Horizonte,
com o início da segunda edição
do FAN, o Festival de Arte Negra,
que volta após oito anos, com pretensões de virar bienal. Realizado
pela prefeitura, tem curadoria de
Rui Moreira, Gil Amâncio e Ricardo Aleixo.
O festival ganha as ruas movido
pelo confronto de idéias. É possível pensar na arte como um campo delimitado pela etnia? "Arte
negra é um rótulo, e sequer foi
criado por negros", diz Aleixo. "A
primeira vez que surgiu foi na Europa, no século 19, em mostras de
artefatos pilhados das colônias".
Mais que a tentativa de legitimar qualquer suposta unidade de
ação ou pensamento ou carregar
bandeiras raciais, o evento pretende dar corpo a uma produção
artística de forte referência histórica, geográfica e social.
O evento traz artistas africanos
(o encenador Souleymane Koly e
os cantores Ray Lema e Sally Nyolo) e americanos (DJ Afrika Bambaataa e o bailarino Clyde Morgan). Outro destaque é a visão panorâmica do coletivo fílmico
Black Docs, em cinebiografias de
ícones da defesa de diretos civis.
No lado musical, além dos cortejos de congado na abertura e no
encerramento, ao menos três gerações de músicos mostrarão a
herança de DNA black da MPB.
(ISRAEL DO VALE)
2º FESTIVAL DE ARTE NEGRA. Onde:
Em sete endereços de Belo Horizonte
(MG) (inf.: tel. 0/ xx/ 31/3277-4649).
Quando: de hoje a 23/11. Quanto: de R$
2 a R$ 4 (alguns eventos têm entrada
franca). Patrocínio: Petrobras e Banco do
Brasil.
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