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São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2003

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EVENTO

Programação começa hoje em BH

Festival de Arte Negra volta após oito anos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O jogo de opostos na cultura de matriz africana converge para um mesmo território de reflexões a partir de hoje, em Belo Horizonte, com o início da segunda edição do FAN, o Festival de Arte Negra, que volta após oito anos, com pretensões de virar bienal. Realizado pela prefeitura, tem curadoria de Rui Moreira, Gil Amâncio e Ricardo Aleixo.
O festival ganha as ruas movido pelo confronto de idéias. É possível pensar na arte como um campo delimitado pela etnia? "Arte negra é um rótulo, e sequer foi criado por negros", diz Aleixo. "A primeira vez que surgiu foi na Europa, no século 19, em mostras de artefatos pilhados das colônias".
Mais que a tentativa de legitimar qualquer suposta unidade de ação ou pensamento ou carregar bandeiras raciais, o evento pretende dar corpo a uma produção artística de forte referência histórica, geográfica e social.
O evento traz artistas africanos (o encenador Souleymane Koly e os cantores Ray Lema e Sally Nyolo) e americanos (DJ Afrika Bambaataa e o bailarino Clyde Morgan). Outro destaque é a visão panorâmica do coletivo fílmico Black Docs, em cinebiografias de ícones da defesa de diretos civis.
No lado musical, além dos cortejos de congado na abertura e no encerramento, ao menos três gerações de músicos mostrarão a herança de DNA black da MPB. (ISRAEL DO VALE)


2º FESTIVAL DE ARTE NEGRA. Onde: Em sete endereços de Belo Horizonte (MG) (inf.: tel. 0/ xx/ 31/3277-4649). Quando: de hoje a 23/11. Quanto: de R$ 2 a R$ 4 (alguns eventos têm entrada franca). Patrocínio: Petrobras e Banco do Brasil.


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