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Crítica
"Old Boy" tenta impressionar com mirabolâncias
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Começa bem a trama do filme coreano "Oldboy" (Telecine Cult, 22h), com a história do homem seqüestrado sem quê nem porquê e que permanece afastado do mundo por anos e anos.
Mais tarde, no entanto, o filme acumulará uma quantidade tal de reviravoltas, surpresas e subplots que os roteiristas parecem estar mais surpreendendo a si próprios do que ao espectador propriamente dito. É como se todo o tempo procurassem saída para a situação estrambótica criada lá atrás.
Isso é uma impressão, certamente, pois a trama, mal ou bem, se fecha. Seria possível, mesmo, porque fechar, mostrar coerência e pertinência são seu ponto de honra.
Entrementes, a direção de Park Chan-wook acumula efeitos visuais, como se fossem eles o segredo de um filme bem-sucedido.
"Oldboy" fez sucesso. Acontece com filmes que se esforçam para aparecer. Não é certo que a posteridade seja tão risonha para este filme.
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