São Paulo, terça, 15 de dezembro de 1998

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A camisa mudou, mas a voz...

da Reportagem Local

Trata-se de uma verdadeira heresia, mas John Fogerty não está de camisa de flanela xadrez na capa de seu novo CD "Premonition".
Não importa. Esqueça a camisa que ele usava quando cantava no Creedence Clearwater Revival e tinha 23 anos. E ouça o CD para perceber que, aos 53, ele continua cantando tão bem quanto.
Esses 30 anos que separam "Premonition" de "Creedence Clearwater Revival" (o primeiro de sua histórica banda, lançado em junho de 1968) não foram suficientes para torná-lo um destruidor de seus próprios clássicos.
Fogerty não foge das músicas nem inventa novos arranjos. Grita da mesma forma estridente que gritou quando gravou seus 55 clássicos em vinil (são as canções dos seis primeiros álbuns da banda).
E a guitarra, melhorou? Não. Está exatamente igual aos discos trintões. E isso, pode acreditar, é motivo de comemoração.
"Born on the Bayou", "I Put Spell On You", "Who"ll Stop the Rain" e "Fortunate Son" são imperdíveis, com solos e berros idênticos aos originais, mas com uma qualidade sonora que nenhum dos dois discos ao vivo do Creedence -sem contar os piratas- alcançou.
No meio do disco, há um batalhão de oito canções da fase solo. Pelo menos três delas, "Rockin' All Over the World", "Swamp River Days" e "The Old Man Down the Road", são Creedence puro. O resto, a gente pula. (IF)



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