|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bienal se volta
para a Europa
da Reportagem Local
Mesmo sem a confirmação definitiva das salas especiais e das
obras que comporão a 24ª edição
da Bienal Internacional de São
Paulo, sob a curadoria-geral do capixaba Paulo Herkenhoff, já é possível notar uma nítida preferência
por movimentos europeus.
O evento, que acontece entre 4 de
outubro e 13 de dezembro, vai discutir os processos antropofágicos
na formação da identidade artística e cultural brasileira a partir do
"Manifesto Antropófago", de Oswald de Andrade, e da obra da pintora Tarsila do Amaral.
Nesse contexto, o diálogo com a
Europa é muito mais fecundo e os
EUA se tornam periferia.
Entre os nomes anunciados pela
Bienal estão o holandês Van Gogh,
o belga René Magritte, o francês
Henri Matisse, o suíço Alberto
Giacometti, o italiano Piero Manzoni, o britânico Francis Bacon, a
alemã Eva Hesse e o grupo Cobra
(sigla das cidades de Copenhague,
Bruxelas e Amsterdã). Outros movimentos europeus, como o surrealismo de Salvador Dalí e o dadaísmo de Francis Picabia também
terão destaque.
A arte latino-americana, preferência do presidente Julio Landmann, também estará bem representada, com obras de David Alfaro Siqueiros (México), Armando
Reverón (Venezuela) e Roberto
Matta (Chile).
A Bienal deve contar ainda com a
presença luminosa do casal alemão Eva & Adele. O evento ainda
corre atrás de novas sensações inglesas da arte contemporânea.
Os americanos, porém, não estarão ausentes. Além de Louise
Bourgeois (esta, preferência de
Herkenhoff), o evento conta com
Robert Smithson, Marcel Oppenheim, Bruce Nauman e Robert
Ryman, entre outros.
Ainda não está definido se
"Abaporu", de autoria de Tarsila
do Amaral e de propriedade do colecionador argentino Eduardo
Costantini, estará na Bienal. Sua
vinda ao Brasil, porém, está confirmada. Ela chega com uma seleção do acervo do colecionador que
será exibida no MAM-SP no segundo semestre.
(CF)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|