São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2001 |
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Gravadora põe panos quentes nas diferenças DA REPORTAGEM LOCAL A gravadora de Leandro Lehart coloca panos quentes em qualquer dos conflitos que cercam o advento de "Solo". O diretor de marketing da Virgin, Hélio Leite, justifica a investida solo do artista: "Trabalhando em conjunto, você adquire uma cara que não é bem a sua. Chega uma hora que o artista quer colocar para fora sua individualidade". Diz que a gravadora não teme que isso atrapalhe a harmonia e a lucratividade do Art Popular. "É obrigação da gravadora dar esse espaço. Leandro é bem resolvido quanto a isso, não está deixando de trabalhar o Art Popular. É um trabalho extra." Diverge de Lehart com relação a que as gravadoras estejam estimulando as carreiras solo devido à crise de vendagem do pagode: "Nem concordo que haja crise. O pagode chegou à vendagem que é normal de uma modalidade que não é mais a crista da onda. Antes as vendagens eram absurdas, porque era novidade". Com o "Acústico MTV" do Art Popular batendo nas 250 mil cópias vendidas, diz que a meta para "Solo" é chegar a 100 mil. Diferenças de estratégia? "Não acho que "Solo" seja um trabalho de rádio, porque não tem essa coisa popular do pagode. As rádios têm o lado delas, de querer tocar pagode, de não ter interesse forte em tocar esse tipo de trabalho." Leite concorda que a diferença seja de sofisticação: "É mais charmoso, mais chique. O pagode é mais alegre, para cima". Ora, então o talento de Lehart vinha sendo achatado pela gravadora até aqui? "É difícil falar de achatar tal talento. Contra isso há a opinião de 700 mil pessoas que compraram o disco popular. Não sei se o talento estaria achatado no Art Popular ou no solo." Mas Lehart afirmou que as grandes vendagens acabam obrigando os grupos a se tornarem redundantes... "Isso é uma coisa que ele está dizendo agora. Quando começou carreira, era o que ele queria fazer. O artista vai crescendo com o tempo, vai aprendendo. Ele tem razão, talvez estivesse achatado mesmo", diz Leite. (PAS) Texto Anterior: Do Art Popular para o impopular Próximo Texto: Música/crítica: Samba-soul recobra o requinte Índice |
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