São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DA RUA
Galinha morta

FERNANDO BONASSI

Silveira não levantou bem e está servindo coraçãozinho de galinha. Já serviu uns 2000, desde às 11 horas, quando o maldito maitre mandou pegar espeto e andar depressa. Tentou se livrar: ameaçava pegar alcatra ou picanha, mas o cozinheiro vinha com os coraçõezinhos sangrentos direto pra cima dele. Algo está errado. Ele tem certeza que é complô! Silveira não consegue se livrar do horror com a quantidade de galinhas mortas só pra esses esfomeados enfiarem na boca com arroz. Ninguém na churrascaria parece ter dó. Não é impossível que faça uma besteira com aquele espeto.


Texto Anterior: Mônica Bergamo
Próximo Texto: 500 anos: Estados não têm verba para festejos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.