DA REPORTAGEM LOCAL

"Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão." O verso da música-tema do filme "Lisbela e o Prisioneiro" mostra como o culto ao mestre das artes marciais Bruce Lee se estendeu do sudeste asiático aos rincões do Brasil. Sua biografia é revista em "A Vida de Bruce Lee", que o FX exibe hoje, às 21h.
Filho de um ator chinês de sucesso, Lee nasceu em San Francisco em 1940. Com a família, de volta à terra natal, ele começou a distribuir sopapos aos 14 anos, depois de apanhar na escola. Jovem truculento, logo foi mandado pelos pais para casa de um amigo do casal, um cantor de ópera em Seattle.
Lá, cursou filosofia, mas não largou a paixão: abriu uma academia de artes marciais. Em 1965, decidiu que era hora de ganhar dinheiro com seus golpes em Hollywood. Fez então duas séries de TV. Mas o que queria mesmo era emplacar no cinema. Títulos como "O Dragão Chinês" e "A Fúria do Dragão" contribuíram para envolvê-lo em uma aura mítica. Com "Enter the Dragon", primeiro longa em inglês, veio a consagração.
O tom de devoção que pontua boa parte dos depoimentos dos ex-alunos de Lee, somado à exaustiva demonstração de técnicas e aparelhos usados em seus treinamentos, compromete aquele que poderia ser um testemunho revelador sobre um dos primeiros popstars transnacionais.