São Paulo, domingo, 16 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

crítica

Cox é megera menos ambígua que Glenn Close

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

Courteney Cox foi mais esperta que Matt LeBlanc, seu colega de "Friends". Este mal esperou o fim da série para se lançar em "Joey", hoje na cova rasa dos seriados de vida curta. Cox esperou, mirou um terreno que impusesse menos comparações e agora entra de sola em "Dirt".
Lucy Spiller é uma personagem meio mau-caráter, meio frágil, capaz de seguir à risca os ditames do capitalismo de ponta, resumido na fórmula "mate ou morra". Contudo, o que se esperava de uma série focada nas baixarias do "jornalismo" de celebridades não é o prato principal.
Uma limitação da série é não apostar em personagens acessórios, que poderiam introduzir mais tempero. Privilegia-se o desdobramento de poucos personagens, seus problemas com drogas, sua entrega ao sexo e seu arrivismo a qualquer custo.
Os bastidores de Hollywood surgem com realismo, mas não o suficiente para disputar com a cínica "Entourage". Não falta espaço para Cox exercitar talentos de megera, suavizada pela companhia do paparazzi feito por Ian Hart. Resta saber se o público se satisfará com mais uma malvada quando pode seguir as ambigüidades bem mais excitantes de Glenn Close em "Damages".

Avaliação: regular


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Nerd desajeitado quer ser popular em série da TV paga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.