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crítica
Cox é megera menos ambígua que Glenn Close
CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA
Courteney Cox foi
mais esperta que
Matt LeBlanc, seu
colega de "Friends". Este
mal esperou o fim da série
para se lançar em "Joey",
hoje na cova rasa dos seriados de vida curta. Cox
esperou, mirou um terreno que impusesse menos
comparações e agora entra
de sola em "Dirt".
Lucy Spiller é uma personagem meio mau-caráter, meio frágil, capaz de
seguir à risca os ditames
do capitalismo de ponta,
resumido na fórmula "mate ou morra". Contudo, o
que se esperava de uma série focada nas baixarias do
"jornalismo" de celebridades não é o prato principal.
Uma limitação da série é
não apostar em personagens acessórios, que poderiam introduzir mais tempero. Privilegia-se o desdobramento de poucos
personagens, seus problemas com drogas, sua entrega ao sexo e seu arrivismo a qualquer custo.
Os bastidores de Hollywood surgem com realismo, mas não o suficiente
para disputar com a cínica
"Entourage". Não falta espaço para Cox exercitar talentos de megera, suavizada pela companhia do paparazzi feito por Ian Hart.
Resta saber se o público se
satisfará com mais uma
malvada quando pode seguir as ambigüidades bem
mais excitantes de Glenn
Close em "Damages".
Avaliação: regular
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