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Brasileiro vai mal na reestréia
da Reportagem Local
A reestréia no Brasil de "O Que É
Isso, Companheiro?", que concorre ao Oscar de melhor filme estrangeiro, levou um público pequeno aos cinemas, diferentemente do que aconteceu com "O Quatrilho", que atingiu 1,1 milhão de
espectadores após sua indicação
ao prêmio em 96.
Nas três primeiras semanas em
cartaz -em nove salas de oito capitais-, apenas cerca de 25 mil
pessoas assistiram ao filme. "Esse
resultado é apenas regular. Mas é
até normal, pois trata-se de um relançamento", afirmou Rodrigo
Saturnino Braga, gerente-geral da
distribuidora Columbia.
Baseado no livro homônimo do
deputado federal e colunista da
Folha Fernando Gabeira (PV-RJ),
o filme conta a história do sequestro do embaixador dos EUA no
Brasil Charles Elbrick, em 1969.
"Companheiro" é um candidato
forte ao Oscar, contando com um
esquema de divulgação nos EUA,
a cargo da distribuidora Miramax,
orçado em US$ 1 milhão -o
maior entre os cinco indicados.
Se vencer, "Companheiro" deve
entrar em pelo menos 30 salas, na
sexta-feira após a premiação, de
acordo com a Columbia.
Segundo Braga, o filme foi visto
por cerca de 290 mil pessoas quando estreou, em 97.
O produtor do filme, Luiz Carlos
Barreto, criticou exibidores, especialmente os do Rio, pelo número
reduzido de salas disponíveis para
o filme. Esse seria um dos motivos
para a falta de público.
Para o gerente-geral, há duas outras causas para o desempenho: o
filme já está disponível em vídeo
desde outubro de 97 e voltou a cartaz disputando espectadores com
os concorrentes ao Oscar de melhor filme, como "Gênio Indomável" e "Titanic".
"Realmente pedimos mais casas
para os exibidores. Se eu dissesse
que estou satisfeito, estaria mentindo. Mas nós continuamos negociando com eles. O mercado está vivendo um momento muito
bom, e grande parte do público está atrás de novidade."
Braga descartou a possibilidade
de o filme ser vendido, em vídeo,
em bancas de jornal a curto prazo.
"Os jornais gostariam de sair com
o vídeo no dia 22 em banca. Isso é
impossível. Caso acontecesse, teríamos de devolver o dinheiro para as locadoras que compraram
cópias", afirmou.
Ele não considera que o lançamento do filme em vídeo tenha sido um "erro estratégico". "Essa
data foi decidida pelos produtores
e pelo distribuidor. O vídeo é um
mercado importante."
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