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Contracorrente prega a paz
especial para a Folha
Em meio ao auge platinado do
gangsta, surgiu no ano passado
uma prova de que não era preciso
falar de balas e vagabundas para
estourar na América: o estouro do
trio Fugees.
Os Fugees emplacaram em 96 várias músicas de seu segundo disco,
"The Score", como "Killing Me
Softly" e "Ready or Not". A origem de seus membros é mista: a
vocalista Lauryn veio de uma família de classe média, enquanto os
músicos Wyclef e Pras descendem
de pais que fugiram do Haiti para
uma vida melhor nos EUA. Isso
ajuda a explicar a abordagem "há
uma luz no fim do túnel", pacifista, positiva, pró-conscientização e
politicamente correta da banda.
O rap já foi palco de várias tentativas pacifistas, remando contra a
corrente gangsta, exemplos de De
La Soul, Arrested Development,
P.M. Dawn e Digable Planets.
A diferença dos Fugees é que eles
venderam muito, muito mais do
que os grupos citados. Além disso,
são respeitados e endossados pelo
hardcore rap, considerados parte
autêntica da comunidade hip hop.
Grupos como Digable Planets ou
Arrested Development sempre foram vistos como universitários
"de fora", com o selo de autenticidade do gueto.
Correndo por fora e indo bem
nas vendas também estão o Roots e
os veteranos do A Tribe Called
Quest.
Resta ver se serão só uma exceção que confirma a regra ou responsáveis por um exemplo a ser
seguido por muitos.
(CR)
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