São Paulo, Sexta-feira, 16 de Abril de 1999
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Sucesso é a melhor vingança, diz Oprah

em Londres

Negra, norte-americana, bem-sucedida, rica, Oprah Winfrey, 45, é bem-humorada. "Sucesso? É a melhor vingança", ri, contando a história de um namorado que dizia que seu problema era "se achar especial demais". "Então o sucesso me faz sentir bem em relação a esse tipo de coisa."
Ela figura na lista das personalidades mais influentes dos EUA. Seu nome já foi até indicado para concorrer à presidência por uma consulta popular. "Não tenho o menor interesse em política", diz. "No meu programa faço, todo dia, algo de um impacto e uma influência muito maiores."
Sua estréia interpretando na frente das câmaras pode ser conferida em "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg, filme pelo qual recebeu a indicação ao Oscar de atriz coadjuvante.
Sem nunca ter passado por uma escola dramática, Winfrey diz que "teve de aprender sim, e muito". "A primeira cena do primeiro dia de filmagem de "A Cor Púrpura" era, infelizmente, a minha", relembra. Já trabalhando com TV, Winfrey repetiu suas falas encarando de frente a câmera, segundo ela. "Spielberg ficou louco. "O que ela está fazendo, meu Deus?"."
Para atuar em seu "Bem Amada", ela usou de todos os meios para construir Sethe, sua personagem, o que incluiu uma longa consulta com Toni Morrison.
O excesso de preocupação fazia sentido, segundo o diretor. Ele disse que temia que os espectadores fossem pensar em TV ao deparar com Oprah no cinema. "Mas sua performance foi brilhante."
Fã de literatura, Winfrey tem seu nome envolvido em várias campanhas pró-leitura nos EUA. Comprou o direito de reprodução de outros livros, um deles "Paraíso", de Morrison. (IC)


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