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"O Cemitério" provoca perturbação definitiva
da Redação
"O Cemitério" é talvez a
obra mais densa
e apavorante de
Stephen King.
Seu terror bebe
nas bobagens de
sempre, demônios e espíritos do além, mas tem
suas fundações na dor, no sentimento de perda, no desespero que
a morte produz nos que ficam.
A perturbação que a leitura provoca é maior por causa do sofrimento dos personagens, gente
com vontade de se dar bem no trabalho e ser feliz com a família.
O jovem médico Louis Creed
chega com mulher e filhos (a pequena Eileen e o bebê Gage) à cidade de Ludlow. Vai morar numa
grande casa, com um belo terreno.
A propriedade é vizinha a terras
do governo, uma área em litígio,
reivindicada pelos remanescentes
de uma tribo indígena. Há uma
floresta e um cemitério de animais, onde crianças enterram seus
bichinhos de estimação.
Além dele, porém, há outro cemitério, com estranhos dons, sedutores e ameaçadores.
Aos poucos, Creed vai aprendendo sobre eles, entrando no clima criado pelas meias-informações do vizinho Judson Crandall.
A travessia do rio acontece mesmo quando o médico se vê com
um dos desafios da vida de pai: ter
de contar a um filho que seu bichinho de estimação está morto.
O gato Winston Churchill, o
Church, atravessa a estrada e é
atropelado por um caminhão.
Eileen não está em casa, nem vai
voltar imediatamente. Louis Creed
tem tempo para pensar na dor da
filha, em como contar, no que fazer para aplacar o sofrimento.
Quem sabe fazer com que
Church viva... A decisão é a porta
de entrada para outro mundo de
terrores e dores.
Tudo no ritmo de King. A sequência de ações não é eletrizante,
mas agarra o leitor, que vai sendo
envolvido pela vidinha dos Creed,
pelo mundinho de Ludlow. E pelo
horror que está por vir.
(RL)
Livro: O Cemitério
Autor: Stephen King
Lançamento: Objetiva
Quanto: R$ XX (243 págs.)
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