São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2005

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MÚSICA

Cantor inicia turnê pelo país com show em São Paulo

Sean Paul transporta o dançante dancehall da Jamaica para o Brasil

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Reggae para os adultos, dancehall para os adolescentes dançarem. O ritmo festeiro, que bebe bastante da fonte que alimentou Bob Marley, Peter Tosh e cia., já tomou conta de seu país, ganhou fãs nos EUA e será representado ao vivo no Brasil a partir de hoje, com a chegada de Sean Paul.
O cantor jamaicano se apresenta hoje em São Paulo, no Olympia, amanhã no Rio, sábado em Tubarão (SC) e domingo em Brasília.
"Dancehall é o movimento da minha geração na Jamaica", disse Paul à Folha. "É a música que mais se ouve nos clubes jamaicanos, é o que os jovens querem dançar. O reggae ainda é muito popular, mas é mais lento. O dancehall é um reggae mais acelerado, com influências do hip hop."
Paul está para lançar o terceiro disco, "Trinity", que deve chegar às lojas em agosto. Seu último álbum, "Dutty Rock" (2002), vendeu mais de 6 milhões de cópias. Músicas como "Gimme the Light", "Get Busy" e "Bubble" foram bem ouvidas no Brasil, tocadas em rádios e clubes.
Uma das razões que fazem de Paul um artista universal é sua opção em chamar vários produtores para o ajudarem nos discos. Em "Dutty Rock", fez parcerias com pesos pesados do dancehall, como Sly & Robbie, Steely & Clevie and Steven "Lenky" Marsden.
"Comecei minha carreira, na Jamaica, em 1995. Em 1998, já era bastante conhecido por lá, pois, diferentemente de outros artistas, que fazem discos iguais, eu chamo vários produtores para que minhas músicas não fiquem parecidas. Sly & Robbie, esses caras, são grandes influências, eles me apontam algumas direções."
Para o novo álbum, Sean Paul continuará a privilegiar músicas para chacoalhar meninos e meninas, mas terá canções mais "densas" e vários produtores novos.
"Claro que terá dancehall, faixas para festas, mas estou preparando músicas mais profundas, "deep", coisas que eu nunca tentei. E há muitos novos produtores na Jamaica, que usam [os softwares] Pro-Tools, Reason, então depois de ter vendido 6 milhões de discos, posso dar espaço a eles", afirma o cantor, que entre o final do ano passado e o começo deste tocou em países africanos como Egito, Quênia e Etiópia -neste último, no Ano Novo.


Sean Paul
Quando:
hoje, a partir das 20h
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, São Paulo, tel. 0/xx/11/3866-3000)
Quanto: de R$ 100 a R$ 200


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