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MÚSICA
Cantor inicia turnê pelo país com show em São Paulo
Sean Paul transporta o dançante dancehall da Jamaica para o Brasil
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Reggae para os adultos, dancehall para os adolescentes dançarem. O ritmo festeiro, que bebe
bastante da fonte que alimentou
Bob Marley, Peter Tosh e cia., já
tomou conta de seu país, ganhou
fãs nos EUA e será representado
ao vivo no Brasil a partir de hoje,
com a chegada de Sean Paul.
O cantor jamaicano se apresenta hoje em São Paulo, no Olympia,
amanhã no Rio, sábado em Tubarão (SC) e domingo em Brasília.
"Dancehall é o movimento da
minha geração na Jamaica", disse
Paul à Folha. "É a música que
mais se ouve nos clubes jamaicanos, é o que os jovens querem
dançar. O reggae ainda é muito
popular, mas é mais lento. O dancehall é um reggae mais acelerado, com influências do hip hop."
Paul está para lançar o terceiro
disco, "Trinity", que deve chegar
às lojas em agosto. Seu último álbum, "Dutty Rock" (2002), vendeu mais de 6 milhões de cópias.
Músicas como "Gimme the
Light", "Get Busy" e "Bubble" foram bem ouvidas no Brasil, tocadas em rádios e clubes.
Uma das razões que fazem de
Paul um artista universal é sua opção em chamar vários produtores
para o ajudarem nos discos. Em
"Dutty Rock", fez parcerias com
pesos pesados do dancehall, como Sly & Robbie, Steely & Clevie
and Steven "Lenky" Marsden.
"Comecei minha carreira, na Jamaica, em 1995. Em 1998, já era
bastante conhecido por lá, pois,
diferentemente de outros artistas,
que fazem discos iguais, eu chamo vários produtores para que
minhas músicas não fiquem parecidas. Sly & Robbie, esses caras,
são grandes influências, eles me
apontam algumas direções."
Para o novo álbum, Sean Paul
continuará a privilegiar músicas
para chacoalhar meninos e meninas, mas terá canções mais "densas" e vários produtores novos.
"Claro que terá dancehall, faixas
para festas, mas estou preparando
músicas mais profundas, "deep",
coisas que eu nunca tentei. E há
muitos novos produtores na Jamaica, que usam [os softwares]
Pro-Tools, Reason, então depois
de ter vendido 6 milhões de discos, posso dar espaço a eles", afirma o cantor, que entre o final do
ano passado e o começo deste tocou em países africanos como
Egito, Quênia e Etiópia -neste
último, no Ano Novo.
Sean Paul
Quando: hoje, a partir das 20h
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, São
Paulo, tel. 0/xx/11/3866-3000)
Quanto: de R$ 100 a R$ 200
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