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Nova temporada de série televisiva "lesbian chic" aborda direitos civis
"The L Word" estréia segunda fase no próximo domingo no Warner Channel
BRUNO SEGADILHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Se no Brasil os homossexuais
ainda enfrentam uma longa
jornada em busca de seus direitos, em Los Angeles (EUA), a
realidade parece ser bem diferente. Pelo menos no mundo
"lesbian chic" das meninas de
"The L Word", série que entra
em sua segunda temporada
aqui no Brasil a partir do próximo domingo (23) no Warner
Channel.
Exibida nos EUA pelo canal
Showtime, "The L Word" passeia pelo cotidiano de glamour
de um grupo de amigas lésbicas
de Los Angeles e dá a impressão
de que, em matéria de respeito
à diversidade sexual, a cidade
está entre as mais avançadas do
mundo.
Os primeiros episódios começam resolvendo uma situação que havia ficado indefinida
no final da primeira temporada: a separação do casal protagonista Bette (Jennifer Beals) e
Tina (Laurel Holloman). Tina
resolve procurar a ajuda de
uma advogada para realizar a
partilha dos bens e recuperar a
independência financeira perdida com a união, cena pouco
usual na realidade brasileira.
"Nos EUA alguns Estados são
bastante liberais, essa discussão é mais comum. No Brasil, é
uma situação muito rara. As
pessoas do segmento GLBT
[Gays, Lésbicas, Bissexuais e
Transgêneros] se sentem tão
inferiorizadas que acreditam
não ter direitos", afirma a advogada Sylvia Mendonça do Amaral, autora do livro "Manual
Prático dos Direitos dos Homossexuais e Transexuais".
Sensualidade latina
Apesar de toda pendenga sobre direitos, a segunda temporada não focaliza sua atenção apenas em questões jurídicas.
A série ganha algumas participações importantes. Uma delas
é a personagem Carmen (Sarah
Shahi), que vai arrasar com os
corações de muitas meninas
com a sua sensualidade latina.
"Queríamos mostrar uma
personagem que retratasse a
cultura latina, que tivesse vindo ganhar a vida nos EUA com
todas as dificuldades e problemas", diz Monica Tahe, que bolou a personagem juntamente
com a produtora e criadora da
série, Ilene Chaiken.
Tahe, que dirige um programa voltado pra as comunidades
gays dos EUA com origem latina, africana e asiática da Gladd
(Aliança Gay e Lésbica Contra a
Difamação, na sigla em inglês),
acredita que é difícil uma série
de TV voltada para o universo
homossexual consiga fugir de
alguma politização. "É um assunto normalmente ligado a
questões políticas", diz.
THE L WORD
Quando: a partir do próximo domingo, 23, às 23h
Onde: Warner Channel
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