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Record lança sua novela mais cara
Com estréia nesta terça, a nova produção das sete da emissora, "Bicho do Mato", tem custo de R$ 150 mil por capítulo
Com ex-globais como Beatriz Segall e Bia Seidl, trama dirigida por Edson Spinello terá cenas gravadas no Rio e no Pantanal
MARCELO BARTOLOMEI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
A fórmula parece ter dado
certo: investimento alto, apuro
técnico, belas paisagens e histórias que misturam amor,
ação e humor. Depois de encostar no "Jornal Nacional" no
Ibope com "Prova de Amor", a
Record apresenta a partir de
terça-feira o resultado de seu
mais recente investimento, a
novela "Bicho do Mato".
De diferente, a nova produção -gravada em locações no
Pantanal e em Barra Mansa, no
interior fluminense, em estúdios construídos no Rio de Janeiro e na zona sul da cidade-
tem, além dos cenários e personagens, imagens inéditas do
santuário ecológico no Mato
Grosso e o mais caro orçamento da história das quatro novelas produzidas na Record, de
R$ 150 mil por capítulo. O valor
se iguala somente à produção
de "Cidadão Brasileiro", uma
novela de época, conseqüentemente mais cara.
"Prova de Amor", que termina amanhã esticada ao extremo, custou R$ 120 mil por capítulo. Na Globo, uma produção
como a novela das oito "Páginas da Vida" sai a R$ 200 mil
por episódio.
Estúdios
A Record investiu R$ 200 milhões na construção de seis estúdios (dos quais dois são novíssimos, erguidos em cerca de
seis meses) no Rio de Janeiro
desde que decidiu reformular
sua programação e investir em
teledramaturgia.
Além disso, as cotas de patrocínio da novela das sete quase
triplicaram. De acordo com o
plano comercial de "Bicho do
Mato", um patrocínio com duas
vinhetas e um comercial de 30
segundos em rede nacional durante "Bicho do Mato" custa R$
7,6 milhões por mês -três delas já estão vendidas. Em setembro do ano passado, quando corria atrás de patrocínio
para "Prova de Amor", a emissora pedia R$ 2,9 milhões pelo
mesmo tipo de cota.
"Existe um comprometimento de equipe. A Record está
apostando em equipamentos,
em recursos humanos e em estúdios", afirma Renata Dominguez, que vive a protagonista
Cecília (leia abaixo).
Ela viverá um relacionamento com Juba (André Bankof),
um idealizado homem do interior do Brasil que foi criado em
uma comunidade indígena. Ele
terá que defender a área ao se
deparar com as vilanices de seu
padrasto, Ramalho (interpretado por Jonas Bloch).
Escrita por Cristianne Fridman e Bosco Brasil, a produção
é baseada em novela homônima, contada por Chico de Assis
e Renato Correa de Castro e
exibida em 1972 pela TV Globo
-os direitos foram adquiridos
pela TV da Igreja Universal.
Agora, ela será apresentada por
um elenco em parte também de
veteranos ex-globais -como
Beatriz Segall, Bia Seidl, Thaís
Fersoza, Denise Del Vecchio e
Angelina Muniz- e de estreantes, como Marcos Mion. "É
uma esperança que o mercado
se amplie", afirma Jonas Bloch,
um dos novos contratados.
Outro Pantanal
Segundo o diretor-geral, Edson Spinello, 45, também ex-Globo, o espectador verá um Pantanal diferente do apresentado em 1990 -escrita por Benedito Ruy Barbosa, "Pantanal" foi um sucesso de audiência na TV Manchete.
A intenção de Spinello é usar
parte da história como trama
paralela da próxima novela das
oito do autor, programada para
2007. "Não será de uma maneira contemplativa. Tivemos
muita dificuldade para captar
as imagens. Eu busquei lugares
que nunca ninguém mostrou
em novela." A novela prevê três
viagens para gravar no Pantanal. Uma delas já foi realizada,
outra será durante o folhetim e
a última nos momentos finais.
Por conta das dificuldades de
gravar no local, o núcleo pantaneiro se fixou em uma fazenda
em Barra Mansa.
Reformada para servir de set
para a novela, a fazenda recebeu gravações, como um cortejo fúnebre e um churrasco com
participação de índios entre os
figurantes. Esses momentos
serão vistas nos primeiros capítulos de "Bicho do Mato".
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