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Marcia Rocha Mello, na mesa de chá da tarde de seu Café Pâtisserie

JOSIMAR MELO
Colunista da Folha

Não é exatamente um restaurante o assunto, mas um lugar cuja originalidade vale um destaque. Falo do Café Pâtisserie, uma confeitaria de ambiente transado e doces esforçados, criada no fim de 98.
A noção de confeitaria sempre foi aqui baseada nos doces tradicionais portugueses e brasileiros, com algumas ingerências francesas e européias que se popularizaram (como a bomba de chocolate).
A maioria esqueceu de criar um ambiente acolhedor para o consumo, coisa que as leiterias da São Paulo antiga faziam.
A idéia de servir doces trabalhados, com concepções ousadas e modernas, e criar um ambiente de confeitaria para o consumo prazeroso dos produtos parece ter norteado a confeiteira Mara Rocha Mello, 28, quando decidiu abrir o Café Pâtisserie.
Antes, ela havia trabalhado em São Paulo (Roanne, Brunella), estudado por dois anos em Nova York (Peter Kump's Cooking School) e estagiado em cozinhas estreladas de lá (Chanterelle, Nobu, Le Cirque e François Payard). De volta ao Brasil em 97, abriu seu café em sociedade com a irmã, Marcia Mello, e a mãe, Luiza Rocha Mello. Instalaram-se numa casa agradável com ares de bairro e criaram ali pequenas salas de estar, com sofás que convidam à preguiça e mesinhas para refeições. O café tem pratos rápidos, como as massas (ravioli de mussarela com molho de tomate), que variam diariamente e caprichados sanduíches e quiches.
A maior atração da casa são os doces, como a pirâmide de chocolate e o doce de pistache com massa de pão-de-ló com canela. Não têm ainda o toque obsessivo do artesão, que caracteriza os grandes pâtissiers (ocidentais e orientais, tradicionais e modernos) do mundo. Mas já são interessantes o suficiente para valerem a visita.

Cotação: $ (até R$ 22); $$ (R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente (   ); ótimo (  ); bom ( ); regular (sem estrela)