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Ópera não é encenada no Brasil desde 82
IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Embora seja tida como
uma das maiores criações da
história da música por sua
revolucionária linguagem
harmônica, cujo uso das dissonâncias levou o sistema
tonal a seus limites na época,
"Tristão e Isolda", de Richard Wagner, com libreto
do compositor a partir de
texto do século 13, não é encenada por aqui há tempos.
O Rio de Janeiro abrigou a
estréia brasileira da ópera,
em versão italiana ("Tristano e Isotta"), em 1910 -45
anos depois da criação de
Wagner fazer sua primeira
aparição nos palcos, em Munique. O último "Tristão"
carioca aconteceu em 1982,
com o mítico tenor Jon Vickers no papel principal.
O Municipal de São Paulo
encenou a ópera, que contém talvez a mais inebriante,
etérea e metafísica música de
amor jamais escrita, e inspirou -quer por admiração,
quer por oposição- inúmeros compositores posteriores, de Puccini a Debussy,
pela primeira vez em 1911,
em italiano. O último "Tristão" paulistano data de 1978,
com elenco germânico.
O Teatro Amazonas, em
Manaus, que se destaca pelo
esforço em encenar óperas
de Wagner, promete, para o
mês que vem, uma nova
montagem de "Tristão e
Isolda", com regência de
Luiz Fernando Malheiro.
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