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São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2003

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Ópera não é encenada no Brasil desde 82

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Embora seja tida como uma das maiores criações da história da música por sua revolucionária linguagem harmônica, cujo uso das dissonâncias levou o sistema tonal a seus limites na época, "Tristão e Isolda", de Richard Wagner, com libreto do compositor a partir de texto do século 13, não é encenada por aqui há tempos.
O Rio de Janeiro abrigou a estréia brasileira da ópera, em versão italiana ("Tristano e Isotta"), em 1910 -45 anos depois da criação de Wagner fazer sua primeira aparição nos palcos, em Munique. O último "Tristão" carioca aconteceu em 1982, com o mítico tenor Jon Vickers no papel principal.
O Municipal de São Paulo encenou a ópera, que contém talvez a mais inebriante, etérea e metafísica música de amor jamais escrita, e inspirou -quer por admiração, quer por oposição- inúmeros compositores posteriores, de Puccini a Debussy, pela primeira vez em 1911, em italiano. O último "Tristão" paulistano data de 1978, com elenco germânico.
O Teatro Amazonas, em Manaus, que se destaca pelo esforço em encenar óperas de Wagner, promete, para o mês que vem, uma nova montagem de "Tristão e Isolda", com regência de Luiz Fernando Malheiro.


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