São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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3º volume da Coleção Folha enfoca o Louvre

Museu francês é tema da edição que chega às bancas no próximo domingo, 23

Louvre abriga "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, e atiçou a imaginação de Dan Brown no best-seller "O Código Da Vinci"

DA REPORTAGEM LOCAL

Mona Lisa, Vitória de Samotrácia, Vênus de Milo: algumas das obras de arte mais célebres de todos os tempos chegam às bancas no domingo que vem, dia 23, com o terceiro volume da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que é dedicado ao Museu do Louvre.
Visita obrigatória para qualquer turista que passe por Paris, o Louvre galvanizou a imaginação do escritor Dan Brown no best-seller global "O Código Da Vinci", de 2003. Trata-se de um dos primeiros museus da Europa, com um dos maiores acervos do mundo, e uma instituição-chave para a vida cultural não apenas da França, mas de todo o planeta.
"Parece-me que no Louvre existe tudo, e que tudo, através dele, se pode compreender e amar", disse o pintor francês Paul Cézanne (1839-1906). O conjunto dos seis departamentos em que o museu está subdividido documenta a evolução da arte antiga na civilização do Mediterrâneo, assim como na europeia, desde a Alta Idade Média até a primeira metade do século 19.
O edifício que abriga o museu nasceu no final do século 12 e foi a sede da monarquia francesa desde a dinastia medieval dos Capetos até Luís 14.
Durante o reinado desse último, o arquiteto Claude Perrault erigiu a célebre Colonnade, a vasta fachada monumental do complexo.
O Rei Sol tomaria, ainda, uma decisão fundamental para a transformação do palácio em museu em 1678, ao decidir abandoná-lo para ir morar em Versalhes. Mas a conversão do Louvre no maior museu público do mundo esperaria ainda um século, até que o visionário Marquês de Marigny, em 1750, durante o reinado de Luís 15, lançou a iniciativa de expor as pinturas pertencentes ao rei.
A realização concreta do programa, contudo, teve de esperar pela Revolução Francesa. Em 1792, com o rei deposto e prisioneiro, a Assembleia Nacional decretou a preparação de um museu público nas galerias do antigo palácio.
A nova instituição foi aberta em 1793, quando o antigo monarca, Luís 16, já havia perdido a cabeça na guilhotina.

Coleção de obras-primas
Construído ao longo de cinco séculos, sua coleção pode ser considerada orgânica e representativa de todo o desenvolvimento da pintura europeia.
Pode-se ter uma boa noção dessa riqueza no volume 3 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que explica e analisa obras-primas presentes no Louvre.
Entre elas, podem ser citadas "São Francisco Recebe os Estigmas", de Giotto (1266-1337); "A Nave dos Loucos", de Hyeronimus Bosch (c.1450-1516); "Mulheres de Argélia em Seus Aposentos", de Eugène Delacroix (1798-1863); e o "Escriba Sentado", famosa estátua do Egito Antigo.
Não poderia faltar, evidentemente, uma descrição detalhada da "Mona Lisa", mais famoso rosto feminino do mundo, do italiano Leonardo da Vinci (1452-1519).
Ao mostrar a Gioconda com seu olhar interrogativo e com aquele sorriso indefinível, suspenso entre a alegria e a melancolia, o livro explica que a tela representa o fulcro da revolução introduzida pelo artista.
Da Vinci foi inovador por ultrapassar o limite até então imposto à arte, de representar as formas imóveis, circunscritas no espaço e no tempo imutáveis da perspectiva, para abrir uma nova dimensão: a da mudança e da variação.


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