SILVANA ARANTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Festival da Música Brasileira, da Rede Globo, realiza hoje sua final, com 12 concorrentes, selecionados entre 24.190 inscritos. O autor da música vencedora receberá R$ 400 mil. Haverá premiação para o segundo (R$ 250 mil) e terceiro (R$ 150 mil) colocados e para o melhor intérprete, que ganha R$ 100 mil, além do financiamento da gravação de um CD.
O show de abertura, às 22h40, no Credicard Hall, é de Jorge Aragão e o de encerramento, de Ney Matogrosso. "É um festival a um só tempo audacioso, porque se propõe a apresentar novidades, e temeroso, já que não abre mão do conhecido", diz o compositor Luiz Tatit, 48, que concorre com "Show", interpretada por Ná Ozetti.
"Não estou vendo novos caetanos e chicos neste festival, mas também acredito que o bastão está custando demais a passar. Nem falo por mim, que já o perdi", diz o sambista Moacyr Luz, 42, que compete com "Eu Só Quero É Beber Água". Os outros candidatos que disputam com os veteranos Tatit e Luz são músicos em início de carreira ou amadores. A média de idade é de 35 anos.
A TV Globo, organizadora do festival, informou que os 4.235 ingressos colocados à venda, a R$ 7, estão esgotados. O público que assistir pela TV poderá votar por telefone. O compositor escolhido pelo júri popular ganha R$ 100 mil e um curso de música no exterior.
Para relembrar os antigos festivais, o MAM promove, de hoje a 8 de outubro, mostra gratuita das edições de 1967 e 1968, além do documentário "Quem Não Se Comunica Se Trumbica", de Carlos Alberto Vizeu, sobre Chacrinha, e de filmes de Roberto Carlos. As sessões são aos sábados e domingos, no auditório do museu.


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