São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2005

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MÚSICA

Série ouve a terceira geração da bossa nova

DA REPORTAGEM LOCAL

"Netos" da bossa, ou a chamada terceira geração de bossa-novistas, Celso Fonseca e o BossaCucaNova dão as caras na série "7 x Bossa Nova", exibida hoje pelo canal 605 da DirecTV.
Se os primeiros episódios trataram das origens do gênero, de seus meandros, de suas histórias e de seus personagens, nesta sexta parte, "Bossa que Segue", a mistura da bossa com a música eletrônica e a "redescoberta" do gênero (revisitado) são a bola da vez.
Joe Davis, DJ e produtor que trouxe à luz na Inglaterra o trabalho de Marcos Valle (o compositor teve suas músicas "relidas" pela eletrônica), é relembrado aqui pelo próprio Valle.
Depois dele, vieram outros, e a "moda" de samplear sucessos da bossa emplacou (fez muita gente aproveitar o "boom", pegar uma carona e começar a vender discos e mais discos). Mas houve também quem, após beber na fonte da bossa nova, criou algo, digamos, interessante.
Caso do carioca Celso Fonseca, que aqui interpreta, com uma batida levemente eletrônica, músicas daquela época, como "Consolação" (Vinicius de Moraes e Baden Powell), mas também mostra sua veia de compositor em "Slow Motion Bossa Nova", "Samba É Tudo" e "Meu Samba Torto" -as duas primeiras em parceria com Ronaldo Bastos.
Com o endosso e as bênçãos de Roberto Menescal, o BossaCucaNova, trio do DJ Marcelinho da Lua, Alexandre Moreira e Márcio Menescal, toca "Bom Dia, Rio (Posto 6)", parceria com Nelson Motta, e "Água de Beber".
Costurando os números, há bons depoimentos de Menescal (""Você não está tocando como tocava 40 anos atrás." Graças a Deus! Imagine se eu tivesse fazendo a mesma coisa...") e um auto-explicativo de Ed Motta: "A bossa não é a única vítima dos eletrônicos. Está tudo na mira: o jazz, o soul, o blues, o samba... Todo mundo corre o risco de levar um tiro desses eletrônicos".


7 x Bossa Nova - Bossa que Segue
Quando:
hoje, a partir das 12h, no canal 605 da DirecTV


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