São Paulo, quarta-feira, 16 de setembro de 2009

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CDs

MPB
Ataulfo Alves - 100 Anos
VÁRIOS

Gravadora: Lua Music; Quanto: R$ 42 (CD duplo); Avaliação: bom
Projetos assim, que juntam artistas de searas tão distintas para reler a obra de algum figurão da antiga, costumam obter resultados irregulares. Este, que comemora o centenário de Ataulfo, não escapa dessa armadilha inevitável. Mas a boa seleção do repertório, em boa parte desconhecido, e a sacada escalação do elenco rendem ótimos momentos. Entre eles, as nada previsíveis participações de Amelinha ("A Você") e Marilia Medalha ("Atire a Primeira Pedra") -veteranas que andam hoje mais esquecidas do que mereceriam.
POR QUE OUVIR: A música de Ataufo cai tão bem nas vozes de veteranos, como Elza Soares e Beth Carvalho, como nas de novatos, como Romulo Fróes, Marcia Castro e Anelis Assumpção. (MARCUS PRETO)

Erudito
Suítes Brasileiras
ANTONIO MENESES (violoncelo)

Gravadora: independente; Quanto: R$ 20, em média; Avaliação: bom
Dono de sólida carreira internacional, o violoncelista pernambucano radicado na Suíça Antonio Meneses encomendou em 2005, a seis compositores brasileiros, peças curtas, para serem executadas antes das suítes para violoncelo solo de Bach. O álbum reúne as obras feitas para a ocasião por Ronaldo Miranda, Marlos Nobre, Almeida Prado, Edino Krieger, Marisa Rezende e Marcos Padilha, e é complementado ainda pela regionalista "Suíte Macambira", de Clóvis Pereira, músico fundamental do Movimento Armorial.
POR QUE OUVIR: Meneses mostra virtuosidade e convicção na defesa da suíte e das miniaturas para violoncelo solo. Merece destaque o "Preambulum", de Almeida Prado. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

MPB
Página Central
MARCOS VALLE E CELSO FONSECA

Gravadora: Biscoito Fino; Quanto: R$ 34, em média; Avaliação: bom
Consta que bastaram dois encontros, em dias consecutivos, para que as 12 músicas deste CD ficassem praticamente prontas. Tal rapidez comprova a afinidade entre Valle e Fonseca, artistas de gerações diferentes, mas iguais na filiação à bossa nova, na fusão do samba com o pop. No entanto, a rapidez talvez tenha impedido uma burilação maior de alguns temas, em especial das letras. Na ala balançada do disco, destaque para "Vim Dizer que Sim" e "No Balanço do Samba"; na suave, "Encantadas" e a donatiana "Três da Tarde".
POR QUE OUVIR: É um primeiro encontro com agradável sabor de déjà vu, pois eles parecem tocar e compor juntos desde sempre. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Jazz
Songs and Stories
GEORGE BENSON

Gravadora: Concord; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: regular
Há tempos, George Benson demonstra não estar interessado em experimentar ou correr riscos. Surpresa seria se esse "Songs and Stories" tivesse buscado outro caminho. Sua voz e guitarra facilmente reconhecíveis estão aqui, em mais um disco fácil de ouvir -e de esquecer. O tênue contraste entre o dedilhado acústico do brasileiro Toninho Horta e a guitarra elétrica de Benson, nas faixas "Sailing" e "Don't Let Me Be Lonely Tonight", oferece momentos que merecem alguma atenção.
POR QUE OUVIR: O som de Benson continua o mesmo, especialmente nas diversas baladas presentes no disco. Os fãs do veterano músico americano dificilmente irão se decepcionar. (FABRICIO VIEIRA)

Rock
Shaka Rock
JET

Gravadora: EMI; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: ruim
O Jet, quarteto australiano que estreou em 2003, é daquelas típicas bandas genéricas de rock. Os clássicos (Stones, Who, AC/DC etc.) são seu norte. Nesse terceiro disco, eles até tentam dar uma variada no som (em "Beat on Repeat", eles finalmente descobrem a new wave oitentista), mas esbarram numa falta de personalidade típica de bandas de festival de fim de ano da escola.
POR QUE NÃO OUVIR: Porque eles já estão no terceiro disco e poderiam ter evoluído minimamente. (BRUNO YUTAKA SAITO)


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