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MÔNICA BERGAMO
Ana Ottoni/Folha Imagem
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A prefeita Marta Suplicy desfilou "look" dourado na festança dos Safra |
Uma noite para sempre
0s mais poderosos, os mais ricos, os mais influentes estavam lá. De queixo caído. O casamento de Jacob Safra, filho do banqueiro Joseph Safra, com Michele Kamkhagi foi
uma festa nunca antes vista em São Paulo. Higienópolis parou. Na sinagoga, segurança máxima, detectores de metal.
Alain Raynaud, que fez os palácios de Valentino na Europa,
veio de Paris para erguer as estruturas de 3.000 m2 num terreno dos banqueiros na Cidade Jardim. Tudo lembrava os jardins de Versailles.
A entrada nesse inacreditável mundo de sonhos, com grandes
arcos, grandes colunas, só era possível aos que, com cartão
magnético, passavam pelos seguranças. A festa, com show de
Ivete Sangalo, foi até as cinco da manhã.
O CENÁRIO
A segurança, na sinagoga, não
incomodou os 1.500 convidados: José Sarney, Marco Maciel,
Antônio Ermírio de Moraes,
Eugênio Staub. Os detectores de
metais apitavam sem parar,
mas todos seguiam em paz.
Vicky Safra, a mãe do noivo,
brilhava no altar, num Valentino hortência, inteiro bordado.
De alça. E, como não são permitidos ombros à mostra numa sinagoga, ela ali se cobriu com um
bolero. E deslumbrantes safiras.
Nos bancos da frente, autoridades máximas. Tasso Jereissati
atrasou. O ex-ministro Clóvis
Carvalho deu a ele o lugar.
Da sinagoga para a festa. Inacreditável, em cada detalhe. Na
entrada, bambus, árvores de 7
metros e fontes -na água, foram despejados aromas cítricos.
Ninguém se apertou: 32 banheiros foram construídos para a
ocasião. Os pais recebiam na entrada. Por perto, Giovanni, o cabeleireiro de Vicky. Atento para
domar qualquer fio de cabelo
dela que saísse do lugar.
AS ROUPAS
As elegantes da noite: Chella
Safra, num Versolato vermelho,
todo bordado, com detalhes lisos em organza; Tânia Wagner,
também de Versolato, também
vermelho, bustiê e saia bordada
em plumas no mesmo tom; Cosette Alves, num John Galliano
preto, de tule, todo bordado
com pastilhas de bronze; Veronica Serra, num preto justo e,
nas alças, pedras vermelhas.
AS SAIAS JUSTAS
"Você está muito bonita. É
porque o Serra viajou?", perguntou Tasso Jereissati a Mônica Serra, mulher do ministro José Serra, adversário político do
governador do Ceará. Monica,
num discreto preto, não gostou.
Johnny Saad passou duas vezes reto pelo irmão, Ricardo, e a
cunhada Rosana. Os irmãos
ainda brigam por causa do comando da Band. Acabaram numa roda com Andrea Matarazzo e a mulher, Sonia (que, aliás,
estava muito elegante).
O PODER
Os convidados mostravam
um cartão magnético, onde era
colado um adesivo com o lugar
do salão que lhes cabia. A ala
amarela era a dos poderosos
-as demais, dos demais. Ali se
juntaram Sarney, Maciel, Tasso,
Paulo Renato Souza, a família
Setúbal, a família Ermírio de
Moraes, a família Moreira Salles. E Luiz Favre, o namorado
de Marta Suplicy (os dois dançaram sem parar). Ausente, Roseana Sarney era tema de todos
os papos. Todos cumprimentavam Sarney por uma pesquisa
ainda inédita que deve mostrar
mais um salto dela nas preferências para a corrida presidencial.
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