São Paulo, sexta-feira, 16 de novembro de 2001

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MÔNICA BERGAMO

Ana Ottoni/Folha Imagem
A prefeita Marta Suplicy desfilou "look" dourado na festança dos Safra


Uma noite para sempre

0s mais poderosos, os mais ricos, os mais influentes estavam lá. De queixo caído. O casamento de Jacob Safra, filho do banqueiro Joseph Safra, com Michele Kamkhagi foi uma festa nunca antes vista em São Paulo. Higienópolis parou. Na sinagoga, segurança máxima, detectores de metal.

Alain Raynaud, que fez os palácios de Valentino na Europa, veio de Paris para erguer as estruturas de 3.000 m2 num terreno dos banqueiros na Cidade Jardim. Tudo lembrava os jardins de Versailles.

A entrada nesse inacreditável mundo de sonhos, com grandes arcos, grandes colunas, só era possível aos que, com cartão magnético, passavam pelos seguranças. A festa, com show de Ivete Sangalo, foi até as cinco da manhã.

O CENÁRIO
A segurança, na sinagoga, não incomodou os 1.500 convidados: José Sarney, Marco Maciel, Antônio Ermírio de Moraes, Eugênio Staub. Os detectores de metais apitavam sem parar, mas todos seguiam em paz.

Vicky Safra, a mãe do noivo, brilhava no altar, num Valentino hortência, inteiro bordado. De alça. E, como não são permitidos ombros à mostra numa sinagoga, ela ali se cobriu com um bolero. E deslumbrantes safiras.

Nos bancos da frente, autoridades máximas. Tasso Jereissati atrasou. O ex-ministro Clóvis Carvalho deu a ele o lugar.

Da sinagoga para a festa. Inacreditável, em cada detalhe. Na entrada, bambus, árvores de 7 metros e fontes -na água, foram despejados aromas cítricos. Ninguém se apertou: 32 banheiros foram construídos para a ocasião. Os pais recebiam na entrada. Por perto, Giovanni, o cabeleireiro de Vicky. Atento para domar qualquer fio de cabelo dela que saísse do lugar.

AS ROUPAS
As elegantes da noite: Chella Safra, num Versolato vermelho, todo bordado, com detalhes lisos em organza; Tânia Wagner, também de Versolato, também vermelho, bustiê e saia bordada em plumas no mesmo tom; Cosette Alves, num John Galliano preto, de tule, todo bordado com pastilhas de bronze; Veronica Serra, num preto justo e, nas alças, pedras vermelhas.

AS SAIAS JUSTAS
"Você está muito bonita. É porque o Serra viajou?", perguntou Tasso Jereissati a Mônica Serra, mulher do ministro José Serra, adversário político do governador do Ceará. Monica, num discreto preto, não gostou.

Johnny Saad passou duas vezes reto pelo irmão, Ricardo, e a cunhada Rosana. Os irmãos ainda brigam por causa do comando da Band. Acabaram numa roda com Andrea Matarazzo e a mulher, Sonia (que, aliás, estava muito elegante).

O PODER
Os convidados mostravam um cartão magnético, onde era colado um adesivo com o lugar do salão que lhes cabia. A ala amarela era a dos poderosos -as demais, dos demais. Ali se juntaram Sarney, Maciel, Tasso, Paulo Renato Souza, a família Setúbal, a família Ermírio de Moraes, a família Moreira Salles. E Luiz Favre, o namorado de Marta Suplicy (os dois dançaram sem parar). Ausente, Roseana Sarney era tema de todos os papos. Todos cumprimentavam Sarney por uma pesquisa ainda inédita que deve mostrar mais um salto dela nas preferências para a corrida presidencial.


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