São Paulo, segunda-feira, 16 de novembro de 2009

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Crítica

Sofia Coppola vê rainha apenas como jovem mulher

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Maria Antonieta" (Cinemax, 22h15; 14 anos) não é bem o que se espera de uma biografia da trágica rainha decapitada durante a Revolução Francesa.
No filme de Sofia Coppola, ela não é nem uma vítima inocente, culpabilizada pelos revolucionários malvados (essa sorte é reservada, em geral, aos bolcheviques), nem a rainha da futilidade, incapaz de ver o mundo além dos muros do Palácio de Versalhes.
A Maria Antonieta de Sofia é, antes, uma jovem mulher forçada a seguir os códigos rígidos das monarquias.
Por conta de seu arranjo nupcial, ela deve trocar a sua corte de origem (Áustria, é isso?) pela da França. Deve deixar para trás um mundo, a infância, seus afetos.
Depois, vem o casamento com Luís 16. Que é visto no longa-metragem como um cara péssimo de cama (historiadores acham que a história é mais complicada que isso). O fato é que a vida de Maria Antonieta, no filme, é uma sequência de renúncias e deslocamentos. Não é uma rainha, só uma jovem mulher.


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