São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

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EU, KING KONG

"As criaturas me perseguem", diz o ator-gorila

DO ENVIADO A NOVA YORK

Leia entrevista com o ator Andy Serkis, 41, o Gollum, de "O Senhor dos Anéis" e a base de Kong, de "King Kong". (SD)

 

Folha - Qual o problema dos personagens "normais"?
Andy Serkis -
Não sei, as criaturas me perseguem... (risos). Falando sério, interpreto tudo o que Pete (Peter Jackson) me pedir.

Folha - Como foi sua temporada em Ruanda?
Serkis -
Maravilhosa. Observar os gorilas na natureza é diferente de vê-los em cativeiro. É quando as semelhanças entre eles e nós ficam mais evidentes.

Folha - E no zoológico?
Serkis -
Aí, a história é diferente. Eles são mais melancólicos, mesmo os que já nasceram em cativeiro. Indo visitá-los todos os dias, acabei me afeiçoando aos animais. E uma delas desenvolveu uma relação, digamos, mais amorosa por mim. Quando levei minha mulher, a gorila ficou louca, começou a gritar, se debater...

Folha - Há quem diga que o sr. elevou a interpretação digital à categoria de "arte". Concorda?
Serkis -
É tudo interpretação. No caso de Kong, houve dois momentos. No primeiro, eu interagia com os outros atores normalmente, grunhindo e tendo as reações que o animal teria no filme. No segundo, eu usava um aparato que batizamos de "kongolizador", próteses dentárias, dezenas de fios e uma máquina que baixava o tom de minha voz -na verdade, meus grunhidos- em três oitavas. Foi interessante.


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