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EU, KING KONG
"As criaturas me perseguem", diz o ator-gorila
DO ENVIADO A NOVA YORK
Leia entrevista com o ator
Andy Serkis, 41, o Gollum, de
"O Senhor dos Anéis" e a base
de Kong, de "King Kong".
(SD)
Folha - Qual o problema dos
personagens "normais"?
Andy Serkis - Não sei, as criaturas me perseguem... (risos).
Falando sério, interpreto tudo
o que Pete (Peter Jackson) me
pedir.
Folha - Como foi sua temporada em Ruanda?
Serkis - Maravilhosa. Observar os gorilas na natureza é diferente de vê-los em cativeiro. É
quando as semelhanças entre
eles e nós ficam mais evidentes.
Folha - E no zoológico?
Serkis - Aí, a história é diferente. Eles são mais melancólicos, mesmo os que já nasceram
em cativeiro. Indo visitá-los todos os dias, acabei me afeiçoando aos animais. E uma delas desenvolveu uma relação,
digamos, mais amorosa por
mim. Quando levei minha mulher, a gorila ficou louca, começou a gritar, se debater...
Folha - Há quem diga que o sr.
elevou a interpretação digital à
categoria de "arte". Concorda?
Serkis - É tudo interpretação.
No caso de Kong, houve dois
momentos. No primeiro, eu interagia com os outros atores
normalmente, grunhindo e
tendo as reações que o animal
teria no filme. No segundo, eu
usava um aparato que batizamos de "kongolizador", próteses dentárias, dezenas de fios e
uma máquina que baixava o
tom de minha voz -na verdade, meus grunhidos- em três
oitavas. Foi interessante.
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