São Paulo, quarta, 16 de dezembro de 1998

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DA RUA
Qualquer maneira de amor

FERNANDO BONASSI
² Eu nem quero nada, mas, se você rastejasse um pouquinho, provavelmente estaria aí a nossa solução no que me diz respeito. Não precisaria de muito. Coisa de um metro, 30 centímetros que fosse, já seria o suficiente pros meus propósitos ofendidos. Até posso te ver ralando os joelhos naquele tapete felpudo, braços abertos em dramáticos prantos pedintes atrás de mim. Quase comédia. Então eu riria. Primeiro de você. Depois de mim mesmo. Em seguida te ergueria, te beijaria e diria que não precisava ter feito isso. Que eu te amaria de qualquer maneira.



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