JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA

Depois de cinco meses suspensa, a badalação volta a ocupar a esquina da rua Haddock Lobo que hospeda, há 16 anos, a churrascaria Esplanada Grill. Quem a frequentava ficará surpreso com a reforma. O restaurante está menor, mais intimista e, com o espaço todo integrado, bar e salão vêem-se mutuamente, divididos pelo balcão.
O bar, que era antes uma atração em si, ficou menos acolhedor e charmoso; o salão, por seu turno, ganhou ambiente e personalidade, com árvores e vegetação entre as mesas e um teto diferente, com luzes e espelhos que criam um efeito inusitado.
O Esplanada nasceu na maré da expansão das churrascarias chiques da cidade, a poucas quadras de um dos ícones dessa vertente, o Rodeio. Depois de um começo vacilante, firmou-se como uma das boas opções da cidade, pela comida e pela população de artistas e publicitários que gostavam de se encontrar ali.
O cardápio teve mudanças, ampliando um pouco as ofertas para além dos grelhados. As carnes podem ser acompanhadas agora por opções como risoto de alho-poró ou musseline de inhame. Há também peixes como o robalo em crosta de manjericão. Mas o teste dos clássicos da casa (a costela e a picanha) deixaram um pouco a desejar. Sua famosa costela estava queimada num dos lados. A picanha não derretia na boca (e não é para isso que ela serve?). Já o carré de vitelo estava macio, mas passado do ponto.
É verdade que em seus primeiros dias, sob o assédio de um grande público, o novo Esplanada pode ter cometido escorregões episódicos que é preciso cuidar para que não se mantenham na nova fase. Fase esta, aliás, que traz outra novidade: uma boa adega com variada oferta de vinhos.

$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim