São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

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Brasil tenta aumentar produção com formato para a televisão

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Está mais fácil fechar acordos de co-produção no exterior que no Brasil. A afirmação, do assessor especial da Secretaria do Audiovisual do MinC (Ministério da Cultura), Mário Diamante, 40, revela o atual panorama cinematográfico brasileiro, que tem produzido, lançado e exibido suas obras de forma independente da TV.
A versão se confirma a partir da assinatura de um acordo com a Alemanha, feita hoje em Berlim, para co-produção audiovisual -que inclui a realização de telefilmes- entre os dois países.
Na Europa, o modelo de cine-TV foi uma iniciativa do Estado. Em alguns países, há uma taxação sobre a venda de eletrodomésticos que é revertida diretamente à produção audiovisual; diferentemente do Brasil, onde a produção se constrói com incentivos fiscais.
O novo conceito se baseia na co-produção para exibição, tentativa de quebrar o atual e problemático sistema da distribuição no país, que tem alta demanda de filmes, mas dificuldades na hora de lançar os produtos. "Alguns realizadores estão começando a fazer filmes num novo formato, pensando na televisão", disse.
Em 2003, segundo a empresa Filme B, que faz estatísticas sobre cinema, foram lançados 225 filmes no Brasil -entre 195 estrangeiros e 30 nacionais.
Segundo Diamante, as TVs podem participar da formulação dos editais públicos, com poder de escolha e até mesmo de veto aos projetos aprovados. "Atualmente, o governo federal injeta R$ 15 milhões em produção, tirados do Orçamento anual."
Para ele, um dos exemplos mais bem-sucedidos da área é o DocTV, programa de fomento à produção e à teledifusão do documentário, que faz parceria com as TVs públicas e dá oportunidade para realizar documentários para a televisão. (MB)


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