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Brasil tenta aumentar produção com formato para a televisão
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Está mais fácil fechar acordos
de co-produção no exterior que
no Brasil. A afirmação, do assessor especial da Secretaria do Audiovisual do MinC (Ministério da
Cultura), Mário Diamante, 40, revela o atual panorama cinematográfico brasileiro, que tem produzido, lançado e exibido suas obras
de forma independente da TV.
A versão se confirma a partir da
assinatura de um acordo com a
Alemanha, feita hoje em Berlim,
para co-produção audiovisual
-que inclui a realização de telefilmes- entre os dois países.
Na Europa, o modelo de cine-TV foi uma iniciativa do Estado.
Em alguns países, há uma taxação
sobre a venda de eletrodomésticos que é revertida diretamente à
produção audiovisual; diferentemente do Brasil, onde a produção
se constrói com incentivos fiscais.
O novo conceito se baseia na co-produção para exibição, tentativa
de quebrar o atual e problemático
sistema da distribuição no país,
que tem alta demanda de filmes,
mas dificuldades na hora de lançar os produtos. "Alguns realizadores estão começando a fazer filmes num novo formato, pensando na televisão", disse.
Em 2003, segundo a empresa
Filme B, que faz estatísticas sobre
cinema, foram lançados 225 filmes no Brasil -entre 195 estrangeiros e 30 nacionais.
Segundo Diamante, as TVs podem participar da formulação dos
editais públicos, com poder de escolha e até mesmo de veto aos
projetos aprovados. "Atualmente, o governo federal injeta R$ 15
milhões em produção, tirados do
Orçamento anual."
Para ele, um dos exemplos mais
bem-sucedidos da área é o
DocTV, programa de fomento à
produção e à teledifusão do documentário, que faz parceria com as
TVs públicas e dá oportunidade
para realizar documentários para
a televisão.
(MB)
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