São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

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Família do craque faz acordo financeiro; filha elogia adaptação

DA SUCURSAL DO RIO

Ao terminar a pré-estréia de "Garrincha - Estrela Solitária", anteontem à noite, no Rio, Maria Cecília Marques, filha do craque, estava em prantos. Não por não ter gostado do filme, mas por rever o pai como um zumbi no desfile da Mangueira de 1980.
"Eu me lembrei de como ele estava naquela época. Foi um absurdo ele ter desfilado", disse Cecília, 44, sexta filha do craque com Nair. Garrincha saiu na escola dopado por um remédio, poucos dias após mais uma internação por causa do alcoolismo.
"Gostamos do filme. É uma leitura digna da vida dele. Todas as mulheres precisavam aparecer mesmo", afirmou, evitando polemizar sobre o fato de Elza Soares ter mais destaque do que sua mãe.
Cecília teve dificuldade para reproduzir a árvore genealógica do pai. Não pôde concluir se são 14 ou 15 filhos, mas pelo que se sabe, são 14. Seis foram ver o filme.
Para não enfrentar uma batalha judicial como a que chegou a proibir a circulação de "Estrela Solitária", a biografia de Ruy Castro em que se baseia o filme, a produção fez um acordo prévio: criou 12 cotas para os herdeiros, pagando R$ 3.000 e 0,3% da bilheteria a cada um.
O sueco Ulf Lindberg, gerado durante uma excursão do Botafogo em 1959, não está na partilha. É o único filho homem vivo de Garrincha. Neném, da relação com Iraci, morreu num acidente; Garrinchinha, filho de Elza, morreu afogado. A cantora disse que não pretende ver o filme para não recordar a morte do filho.


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