DA REPORTAGEM LOCAL

Até o fim de 2008, a editora Cosacnaify vai relançar toda a obra de Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977). Para marcar a iniciativa, "Três Mulheres de Três PPPs" ganhará lançamento festivo no dia 19 de março, na Cinemateca Brasileira, que o crítico ajudou a criar, e que abriga o Fundo Paulo Emílio.
Haverá uma mesa redonda com a presença dos críticos literários Antonio Candido e Roberto Schwarz, e de Carlos Augusto Calil, organizador do título e autor de seu prefácio. Também estará presente a escritora Lygia Fagundes Telles, viúva de Paulo Emílio.
Em abril, a Cosacnaify pretende lançar "Cemitério", uma novela inédita de Paulo Emílio, escrita um pouco depois de "Três Mulheres". Texto inacabado e história de um livro dentro de outro, "Cemitério" contém elementos autobiográficos.
"É um texto já claramente memorialístico, mesclado com ficção e voltado a episódios do jovem Paulo Emílio, a sua militância política. Vamos reunir este texto e uma peça chamada "Destinos", com valor literário menor, que ele fez muito jovem. Aí estão críticas a forças conservadoras, ao integralismo etc.", conta Augusto Massi, que coordena o projeto, ao lado de Calil, dentro da editora.

Crítica
Ainda sem previsão de datas, a editora pretende relançar os estudos biográficos "Vigo, Vulgo Almereyda: Jean Vigo", como planejado por Paulo Emílio, e "Humberto Mauro, Cataguases, Cinearte". E também toda a crítica de cinema produzida para o "Suplemento Cultural", organizada não cronologicamente, e sim por temas, como clássicos do cinema, nouvelle vague, cinema brasileiro etc.
"Haverá ainda um volume de correspondência, inédito, que estamos levantando. São cartas trocadas, por exemplo, com Glauber", adianta Massi.


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