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Pearl Jam encerra passagem no rock com "Yield'
da Redação
Não deve ser fácil carregar o
ônus de ser a última grande banda
viva da chamada cena de Seattle.
Muito menos manter o perfil sonoro caminhando sob o muro que
separa as hoje datadas referências
grunge do som industrial (voltado
à eletrônica), o que de mais substancial se faz com a guitarra nos
EUA atualmente.
Tingido pelas cores cinzentas
deste panorama, o Pearl Jam encara agora o quinto álbum de sua
carreira, iniciada em 1991 com
""Ten", que vendeu 15 milhões de
cópias, até talvez o melhor deles,
""No Code", de 96, o CD que bateu
no 1,5 milhão nas vendas e que,
dizem, tornou a banda mais acessível, porém menos popular.
Esse ""Yield" segue a toada intimista de ""No Code". Quando faz
rock, o Pearl Jam remete ao que já
foi feito pela velha turma como
Mudhoney (""Brain of J."), Nirvana (""Do the Evolution") e até pelo
próprio Pearl Jam (""MFC").
Mas é nas baladas que Eddie
Vedder ainda mostra que mantém
sua luz de rock star. Já um veterano da cena, Vedder passa agora
uma maior sinceridade quando
canta sobre coisas que têm molestado sua alma.
O tormento do cantor está estampado desde a capa do CD (uma
auto-estrada vazia com uma placa
mandando deixar a passagem livre) até a bela ""No Way", onde
Vedder grita: ""Pare de querer ser
diferente". Ele segue: ""Tempos difíceis, sozinho num corredor, esperando..." (""Given to Fly").
Com ""Yield", parece que o Pearl
Jam completa sua passagem como
banda pela história do rock desta
década. Mesmo o CD sendo excelente peça, o grupo aponta que já
não há mais o que fazer, a não ser
se repetir, repetir e repetir. A capa
da placa que pede para deixar a estrada livre sugere o fim da banda.
Disco: Yield
Banda: Pearl Jam
Lançamento: Sony
Quanto: R$ 20, em média
Leia mais sobre o Pearl Jam em http://www.geocities.com/SunsetStrip/Backstage/1537/index.html
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